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Ferrari ainda aguarda reação, mas já cogita "abandonar" temporada

Duas corridas. Este é o prazo que a Ferrari tem para mostrar serviço antes que a escuderia desista de vez desta temporada e passe a concentrar seus esforços no Mundial de F-1 de 2010.

Quem estabeleceu a data-limite foi o próprio chefe do time, Stefano Domenicali, ao tentar explicar, pelo terceiro GP seguido, mais um fracasso.

"Precisamos ver onde estaremos depois do GP da Espanha", disse o dirigente italiano sobre a prova que acontece no próximo dia 10 --antes, ocorre o GP do Bahrein, neste domingo. "Durante este período, iremos analisar com calma a situação."

Se depender de Michael Schumacher, que conquistou cinco Mundiais de Pilotos para a escuderia de Maranello e que agora serve como uma espécie de consultor, a Ferrari precisa tomar uma decisão em breve.

De acordo com o ex-piloto alemão, caso isso não ocorra logo, o time corre o risco de gastar tempo e dinheiro investindo num Mundial que pode já estar perdido, em vez de se focar já no ano que vem, para lutar de verdade pelo título.

No domingo, no GP da China, nem Felipe Massa nem Kimi Raikkonen conseguiram marcar pontos, o que fez com que a Ferrari permanecesse zerada no campeonato, após três provas. Já é seu pior início de temporada nos últimos 28 anos.

Apesar disso, Domenicali disse que não é hora de entrar em "modo de pânico", pelo contrário: "Precisamos manter a tranquilidade, o que não é fácil. Mas as coisas na F-1 podem mudar muito rápido".

Mas, enquanto na Ferrari o clima é de crise, a Red Bull vive em festa pela primeira vitória da equipe na categoria.

O triunfo, que veio acompanhado do segundo lugar de Mark Webber, aconteceu pelas mãos de Sebastian Vettel e a "irmã safada da Kate", apelido que o alemão deu a seu RB5.

"Meu carro original se chamava Kate. Como os barcos, os carros devem ter um nome de mulher, o que os deixa sexy", falou o vencedor na China. "Mas, quando bati no GP da Austrália, ele ficou destruído, então resolvi chamar este de a irmã safada da Kate, porque ele é mais agressivo e rápido."

Mas, apesar da festa pelo feito inédito, o time mantém a cautela ao falar sobre o futuro.
"Acho que é cedo para dizer que estamos na disputa pelo campeonato", declarou Christian Horner, chefe da Red Bull.

"A próxima corrida é completamente diferente e será um desafio para nós, já que tem longas retas e provavelmente vai favorecer os carros com o Kers [sistema que recupera energia das freadas e a transforma em potência]."

Fonte: Folha Online

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