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DEM quer Mantega no Congresso para explicar negócio entre BB e Votorantim


Deputado Rodrigo Maia diz que faltou transparência na operação. Partido deseja audiência com o ministro ainda durante o recesso.


O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), protocolou, nesta quarta-feira(14), na presidência do Senado, um requerimento pedindo a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda durante o recesso parlamentar para falar da compra de ações do Banco Votorantim pelo Banco do Brasil.

Maia deseja que a audiência aconteça na comissão representativa do Congresso Nacional, que o presidente do DEM deseja que seja convocada. Cabe ao presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), decidir sobre a convocação da comissão.

Para Maia, a presença de Mantega é urgente porque existem dúvidas quanto ao negócio. “Existe relevância e urgência porque a compra pelo BB de participação em um banco privado foi feita sem transparência e sem justificativa”.

O presidente do DEM destaca que existem diversas notícias sobre problemas financeiros do banco e diz não ver motivo para o governo ter comprado ações da instituição sem garantir seu controle. “A liquidação deste banco geraria risco ao sistema financeiro? É certo colocar dinheiro sem assumir a gestão de um banco que cometeu erros?”, questiona o deputado.

Maia afirma que os recursos utilizados na compra, cerca de R$ 4 bilhões, seriam mais bem aplicados se fossem direcionados à geração e manutenção de empregos. “As pessoas estão preocupadas em comprar carro ou garantir seus empregos? O ministro Mantega está mais atrapalhando do que ajudando nesta crise. Ele deve estar vivendo em outro planeta”.

O presidente do DEM atacou também o ministro Carlos Lupi (Trabalho), que defendeu uma regra proibindo as empresas que estão recebendo ajuda do governo de cortar postos de trabalho. “Isto é uma infantilidade do ministro. Estava na cara que, por exemplo, no setor automobilístico havia um estoque, os carros estavam lotando o pátio. O governo deu incentivo e as montadoras venderam o estoque. Agora, se não tem mercado, porque vai produzir mais?”.

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