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Mesmo com crise, JP Morgan tem lucro no trimestre

Lucro é 76% menor que o obtido no mesmo período de 2007. Resultado foi desapontador', afirmou presidente do banco.

Apesar da crise que tem abalado os grandes bancos americanos, o JP Morgan Chase conseguiu atravessar o quarto trimestre de 2008 com lucro líquido, superior às expectativas dos analistas de Wall Street. O segundo maior banco dos EUA em ativos ganhou US$ 702 milhões no período (US$ 0,07 por ação).

O resultado foi positivo mas, ainda assim, representa uma queda de 76% perante o lucro de US$ 2,97 bilhões (US$ 0,86 por ação) visto no último trimestre de 2007. As receitas líquidas ficaram em US$ 17,23 bilhões.

De acordo com o balanço, cuja divulgação foi antecipada em seis dias, o lucro líquido acumulado pelo JP Morgan em todo o ano passado caiu 64% sobre 2007, somando US$ 5,6 bilhões.

Resultado desapontador

"O resultado financeiro do quarto trimestre foi bem desapontador, guiado por uma perda na unidade de banco de investimento, em boa parte causada pela depreciação de empréstimos alavancados e posições em hipotecas, bem como a resultados fracos de transações", comentou, em nota, o presidente do banco, Jamie Dimon. A área de banco de investimento fechou o trimestre com prejuízo de US$ 2,4 bilhões.

Também houve aumento no custo do crédito, devido à deterioração de empréstimos que faziam parte da carteira, e na provisão para perdas com créditos duvidosos, que subiu em US$ 4,1 bilhões. Por outro lado, ponderou o executivo, outras áreas continuam a apresentar crescimento, inclusive o recém-adquirido Washington Mutual.

Dimon admite que os impactos negativos podem perdurar em 2009, se as condições econômicas piorarem mais. No entanto, afirmou que o JPMorgan Chase "está fazendo sua parte" para ajudar a estabilizar o mercado financeiro.

"Assumimos risco e despendemos recursos para assimilar o Bear Stearns e o Washington Mutual. Continuamos a dar empréstimos de uma maneira segura e sólida - ampliando em mais de US$ 100 bilhões só no quarto trimestre as operações de crédito com consumidores, empresas, prefeituras e organizações não-lucrativas", disse Dimon.

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