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Acionistas da Chrysler pedem a Supremo dos EUA que adie venda à Fiat

Washington - Três fundos de pensões de Indiana, que possuem cerca de US$ 42 milhões dos US$ 6,9 bilhões em dívida segurada da Chrysler, pediram neste domingo à Corte Suprema dos Estados Unidos que adie a venda desta empresa à Fiat.

Os fundos apresentaram a solicitação de adiar o acordo à juíza da Corte Suprema Ruth Bader Ginsburg, encarregada destes temas na Corte de Apelações de Nova York.

A juíza poderia atuar de "motu proprio" - por iniciativa própria - ou enviar o caso ao plenário da Corte formada por nove magistrados.

Uma decisão deste tipo, caso o pedido fosse levado ao plenário, teria que ser aprovada por cinco dos nove membros do Supremo.

O pedido ocorre depois que, na sexta-feira passada, o Tribunal Federal de Apelação de Nova York aprovou a autorização judicial concedida à Chrysler para que o grupo automobilístico, que pediu concordata em 30 de abril, venda a maior parte de seus ativos a um grupo liderado pela italiana Fiat.

Essa Corte confirmou a autorização do Tribunal de Falências de Nova York, mas bloqueou a venda até a próxima segunda-feira, à espera de que o Supremo dos Estados Unidos confirme se atenderá a apelação dos fundos de investimento que são contra a operação.

Esses três fundos representam os interesses de professores e policiais aposentados de Indiana, entre outros, e são titulares de 1% do capital da Chrysler.

Alegam que a venda prejudica injustamente os acionistas titulares de títulos segurados (respaldados com ativos da empresa), a favor dos que têm ações não seguradas.

Além disso, consideram inconstitucional que, sem a autorização prévia do Congresso, a Chrysler tenha recebido US$ 8 bilhões do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (TARP, em inglês) iniciado pelo Governo americano.

Se a venda não for fechada até 15 de junho, a Fiat tem direito de suspender a operação, da qual também está pendente toda a produção da Chrysler, congelada até que se conheça o resultado.

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