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Microsoft é barrada na festa dos netbooks

Eee PC S101, da Asus: pequeno demais para o Windows Vista



Os minilaptops vendem muito, mas a empresa lucra pouco com eles.

A Microsoft divulgou, recentemente, seus resultados financeiros do período entre julho e setembro. Os lucros caíram apesar de as vendas seguirem em alta. Sabe de quem é a culpa? Dos netbooks, diz Chris Liddell, principal executivo de finanças da empresa. Esses micrinhos são, de longe, o segmento que mais cresce no mercado de computadores. No ano passado, foram vendidas 500 mil unidades. Neste ano, estima-se que serão 11 milhões. E a previsão para 2012 é 41 milhões. Esses números são uma festa para os fabricantes, mas não para a Microsoft. A empresa lucra pouco nesse segmento porque seus produtos mais lucrativos não se encaixam nele. Cerca de um quarto dos netbooks rodam Linux. Nos restantes, predomina o Windows XP, mais barato e menos lucrativo que o Vista.

No passado, a Microsoft desenvolvia software pensando na próxima geração de micros. Cada novo produto podia explorar ao máximo a capacidade do hardware. Quando o programa chegasse ao mercado, os micros já estariam mais poderosos e aptos a rodá-lo. A lei de Moore tornava viável essa estratégia, que também era seguida por outros produtores de software. Mas os netbooks subverteram a ordem ao dar marcha à ré na configuração. Para ganhar portabilidade e autonomia, abriram mão do hardware poderoso. O Windows Vista, desenvolvido para o que seria a próxima geração de PCs, não roda bem neles. Por isso, a Microsoft foi forçada a estender a vida do Windows XP Home, pelo menos até que o Windows 7 fique pronto.

Num evento recente, a empresa demonstrou o Windows 7 rodando num netbook. Diferentemente do Vista, o futuro sistema operacional deverá ter uma versão leve para essas máquinas. Considerando que a outra opção é o Linux, não dá para cobrar muito por um sistema para netbook. Se a Microsoft quiser que o Windows 7 faça sucesso nesses micros, vai ter de oferecer uma versão barata do sistema. Assim, é improvável que a empresa consiga, nesses minilaptops, as margens de lucro que tem nos PCs tradicionais.

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