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A passagem relâmpago de Zottolo pela Philips

Isso é que é passagem relâmpago. Durante quase um ano, o executivo Paulo Zottolo foi preparado para substituir Marcos Magalhães na presidência da subsidiária brasileira da Philips. A passagem de bastão aconteceu em abril do ano passado. Hoje, passados apenas 18 meses, Zottolo anunciou que está deixando a empresa "para seguir outros caminhos" (ele não diz quais).

Durante a preparação de Zottolo para assumir a presidência da Philips eu o entrevistei diversas vezes (eu tinha a idéia de fazer uma matéria que mostrasse os bastidores de uma sucessão). Ele e Magalhães, seu antecessor (com quem também conversei em várias ocasiões), têm personalidades bastante distintas. Magalhães fez carreira na Philips, onde entrou no início da década de 70. Tem um estilo diplomático e conseguiu costurar alianças poderosas na Philips ao longo de quase três décadas na companhia. Ex-presidente da Nívea, Zottolo jamais havia trabalhado numa empresa de eletroeletrônicos. "Quando cheguei aqui não sabia a diferença entre uma televisão de plasma e uma da LCD", disse ele à época. Impulsivo e polêmico, em agosto do ano passado afirmou que "se o Piauí deixasse de existir ninguém ficaria chateado" e teve que se retratar publicamente pela declaração.

Segundo pessoas próximas à empresa seu estilo entrou em choque com a discreta Philips. A empresa holandesa vai despachar um executivo da matriz para ocupar o cargo de Zottolo provisoriamente, a partir de novembro. Começa agora a busca por um sucessor definitivo.

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