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Importar ficou mais difícil (e não é só pela alta do dólar)

Minha colega Larissa Santana conversou hoje com executivos da Carbono Química, a segunda maior distribuidora de solventes do país, com faturamento de 167 milhões de reais no ano passado´, e ficou sabendo de uma história ótima.

Boa parte dos produtos distribuídos pela Carbono são importados e é comum que os exportadores peçam para a empresa uma carta de crédito antes de fechar a venda dos produtos, como uma garantia de que o pagamento será mesmo efetuado. Segundo os executivos da Carbono, até a crise mundial estourar era possível conseguir uma carta de crédito com os grandes bancos brasileiros por um valor que girava entre 200 e 250 dólares. A situação agora é muito diferente. Nos últimos dias, a Carbono bateu nas portas do Banco do Brasil, Real e Safra atrás de uma carta de crédito e ouviu praticamente a mesma resposta: o serviço está suspenso. Com receio do que ainda vem por aí, as instituições preferem evitar dar garantias de pagamentos de terceiros. Finalmente, a Carbono encontrou um banco que lhe concedeu a carta (a empresa prefere não dizer qual foi). O preço? 10 000 dólares -- um valor mais de 40 vezes mais alto do que se cobrava até recentemente.

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