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Clima de incerteza no Carrefour

A demissão do espanhol José Luís Duran da presidência mundial do Carrefour dias atrás deixou os executivos da operação brasileira ressabiados. A principal razão é que o atual presidente da subsidiária brasileira, o francês Jean Marc Pueyo, que comanda a unidade desde 2004, era tido dentro da companhia como um dos homens de confiança de Duran -- e a saída do espanhol pode enfraquecê-lo justo à matriz.

Ex-líder do varejo brasileiro, o Carrefour viveu no início desta década numa espécie de "limbo" por aqui. Em 2006, Duran chegou a cogitar publicamente encerrar as atividades no país caso os resultados não melhorassem. Com a compra do Atacadão, capitaneada por Pueyo em 2007, a rede varejista voltou a assumir a liderança do mercado -- e a ganhar importância para a matriz.

Segundo pessoas próximas ao Carrefour, uma das tarefas às quais Pueyo vem se dedicando a algum tempo é a preparação um sucessor brasileiro -- em seus quase 40 anos de atividade no Brasil, o varejista sempre foi comandado por estrangeiros. Ainda segundo essas fontes, o executivo que estaria sendo preparado para assumir o cargo no futuro é Roberto Britto, diretor da área de não-alimentos do Carrefour e ex-presidente do Ponto Frio.

(Procurei o Carrefour para falar sobre esses assuntos. A empresa preferiu não fazer comentários.)

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