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Corte de custos é o novo mantra

Corte de custos é o novo mantra das empresas. Desde que voltei das minhas (curtas) férias quase não ouço mais executivos falando em "crescimento", "expansão", "internacionalização". Parece que voltei no tempo e estou novamente em 2003, quando as empresas brasileiras viviam dias de absoluta pindaíba e incerteza. (Naquela época cheguei até a fazer uma matéria de capa sobre corte de custos.)

Pois agora companhias de setores diversos já começaram a anunciar férias coletivas, redução do quadro de funcionários e até cancelamento das tradicionais festas de final de ano. Ok. Reduzir gastos é vital em tempos de crise. O problema é "como" isso é feito. Na hora do aperto, algumas empresas baixam normas do tipo "precisamos cortar 10% dos custos de todos os departamentos" sem levar em consideração a situação de cada área -- é bem possível que alguns departamentos possam ser drasticamente enxugados, mas para outros a redução do budget pode significar a morte no futuro. Ou seja: regras desse tipo acabam se provando um tiro no pé.

Tem gente que perceba essa cilada e tenta se precaver. Esta semana almocei com o presidente da subsidiária brasileira da Procter & Gamble, o egípcio Tarek Farahat, e ele me disse que apesar da crise mundial a companhia não vai deixar de lado, por exemplo, os investimentos em inovação. É verdade que a área de pesquisa e desenvolvimento da P&G não gera receitas recorrentes e imediatas -- mas não dá para negar que ela é uma das grandes responsáveis por garantir a longevidade da companhia.

Na empresa em que você trabalha a caça aos custos já começou? Que tipo de corte está acontecendo?

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