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Comando Estelar Flashman

Choushinsei Flashman (Supernova Flashman)
Produção: Toei Company, 1986
Episódios: 50
Criação: Saburo Hatte
Exibição no Japão: Tv Asahi (01/03/1986-21/02/1987)
Exibição no Brasil: Manchete - Record - CNT/Gazeta
Distribuição: Everest Vídeo
Disponível em: VHS

Última Atualização: 07/05/2008

Por Larc

Flashman foi lançado pela Toei Company no ano de 1986 e não fez tanto sucesso como Changeman (do ano anterior) ou Bioman (inédita por aqui, e anterior a Changeman), mas introduziu um novo clichê dentro da saga dos quintetos coloridos: o uso de mais de um mecha (robô gigante) pela equipe do bem.

Esse fato marcante na saga dos super sentais foi a alegria dos patrocinadores dessas produções (geralmente fábricas de brinquedos, como a Bandai) que despejaram nas lojas trocentos itens novos pra molecada comprar. Anos mais tarde, assistiríamos a certos absurdos como um só esquadrão ter mais de 10 mechas para lutar (e vender brinquedo) como na série Oh Ranger (que nos EUA foi adaptada como Power Rangers Zeo) ou mesmo 100 mechas como em Gao Ranger (Power Rangers Força Animal). Enfim: tudo começou com Flashman!

A produção da série manteve o padrão de qualidade das produções anteriores, mostrando sensíveis evoluções no acabamento (nos trajes dos heróis principalmente). O roteiro foi um dos mais dramáticos já escritos para um super sentai, sendo que os momentos de comédia dos primeiros episódios não lembram nem de longe o antológico – e triste - final.

No elenco, o destaque fica por conta da atuação da atriz Yoko Nakamura (a Sara) do lado dos mocinhos e dos vilões interpretados por Sayoko Hagiwara (Néfer), e Kasuhisa Hirose (Wandar). Sayoko viveu a heroína Dyna Pink em Dynaman (inédito por aqui, e produzido em 83). Já Hirose, se sagraria anos depois como um dos melhores atores-vilões do tokusatsu, interpretando papéis marcantes em Liveman (Dr. Kemp), Jetman (Toranza) e também em Changerion (um tokusatsu da Toho, nos moldes de Cybercop).

Infelizmente, nem todos os atores/personagens de Flashman brilharam por igual. No grupo de vilões, o excesso de personagens de certa forma impediu que cada um se desenvolvesse de forma marcante como os vilões de Changeman. Isso sem falar que nenhum deles tinha muito carisma… Já no time dos heróis, sentia-se nitidamente uma certa predileção pela Yellow Flash sobre a Pink Flash! A coitadinha da rosa só estrelou uns 2 episódios “solo”, enquanto a amarelinha apareceu muuuuito mais que ela.

A trilha sonora da série é bem bacana e a música tema é um chiclete que gruda na cabeça, tornando quase que impossível não gritar o “flash! flash! flash!”, proferido no refrão com entusiasmo. Apesar de ser mais lembrada – de forma geral – como “o 1º sentai com mais de um robô gigante”, Flashman possui seus méritos próprios, com uma história inesquecível para aqueles que a acompanharam do começo ao fim.

“Um dia…
… cinco crianças foram raptadas da Terra e levadas para os confins do universo. E após, 20 anos…”.
Começava assim todo episódio do Comando Estelar Flashman. Sob ordens do Monarca La Deus, líder o Império Mez, caçadores espaciais seqüestraram 5 crianças da Terra para servirem de cobaias para experiências mutantes do Dr. Keflen. Por obra do destino, essas crianças acabaram caindo no Planeta Flash. Lá, foram adotadas pelo povo, e cada uma foi criada em um dos satélites do Planeta. Chamados de Din (Jin), Dan (Daí), Go (Bun @_@), Sara e Lu, essas crianças cresceram sob inúmeras adversidades e intenso treinamento, jurando no ímpeto de seus corações um dia voltarem para Terra e se vingar do Império Mez.

Eis que um dia, eles descobrem que o alvo do Monarca La Deus, é seu planeta natal. Os 5 então partem na Magma Base, ignorando os alertas dos habitantes de Flash (flashnianos?) sobre o perigo que isso representava. Na Terra, Mez inicia seu devastador ataque contra Tokyo (onde mais achou que poderia ser?) e são interrompidos pelos heróis a bordo de seus veículos de combate. Eles se apresentam aos vilões (que também se apresentam… ^^”) e lutam usando o que tem à mão (corações de cartolina, bolas de gude, estrelinhas ninja… x_x). Depois de uma pequena surrinha, é chegada a hora da refração… Ao gritarem “Refração Flash!”, os cinco se transformam no Comando Estelar Flashman! Partindo praquele pau básico contra os vilões os heróis terminam sua primeira batalha explodindo a primeira cria de Keflen na Terra – o monstro guerreiro Barabós. Prometendo se vingar pelo que ocorreu há 20 anos, os Flashman dão início à guerra contra Mez.

Nem um pouco satisfeito com isso, La Deus ordena a criação de um novo monstro e também de uma forma de energia mutante capaz de tornar o monstro em gigante mesmo após sua morte. Surge então o “Gyodai” da série no segundo episódio: Medusã! Conseguindo fazer com que o robô guarda da Magma Base (Mag) opere auxiliando-os ao invés de tentar matá-los, os Flashman ganham a gigantesca nave Star Condor e descobrem que podem combinar seus veículos (Tank Comando; Beta Craft e Ômega Craft) como um robô gigante. Surge assim, o poderoso – mas não imbatível - Flash King.

Flash, Flash, Flash…
Hora de falar de alguns fatos da série que merecem comentários (acharam que eu não fosse falar? :P). Vamos começar pelo figurino dos heróis… Criados em outro planeta por 20 anos, é natural que suas vestes sejam exóticas… Mas precisavam ser tanto assim? Graças ao bom senso de algum figurinista, eles passaram a vestir trajes mais “terrícolas” depois de alguns episódios. Tudo bem que estavam no auge na moda dos anos 80, mas as roupas eram menos estranhas que as do início da série.

Onde foram criados, Go e Lu desenvolveram capacidades especiais… Go pode escalar paredes como o Homem Aranha (só que de forma mais mal feita, pendurado por um fio - nem sempre invisível XD) e Lu pode levitar… De certa forma isso até ajuda em alguns momentos de porrada, mas nada – e absolutamente nada! – me faz deixar de achar tremendamente ridículo um golpe usado pela Pink Flash (a Lu) no 2º episódio chamado “Passo Aquático” no qual ela… Ahn… Anda em cima da água e os soldados (que são uma espécie de formigas) ficam tão “perplexos” com aquilo que… Ahn… Se matam @_@.

Ainda falando da Lu… Porque raios de diabos ela usa corações de cartolina? Ok… A Sara usa bolinhas de gude e o Go estrelinhas… Mas… Corações de cartolina? Alguém duvida que isso não virou brinquedo de R$ 1,99?

Diferente dos Changeman, cada herói tem uma arma pessoal além da pistola multi-uso que vira espadinha e escudo (o Star Laser). O Red fica com a espada de vidro vermelha bacana (Sword Laser), o Green tem os punhos de vidro bonitões (Glass Laser), a Yellow tem bastões congelantes (Bastão Laser), a Pink tem botas de vidro – Shut Laser (o_O) e o Blue (pobre infeliz) tem uma… “bolha”. Ele vira uma esfera azul e sai dando boladas nos inimigos (o Laser Ball). Err… No coments né?

Os planos de La Deus e Keflen variam bem… Uns são insanos (Transformar humanos em abóboras… Fazer eletrodomésticos se revoltarem contra os humanos…) e outros são bem maquiavélicos (que tal fazer seus melhores amigos te matarem no seu aniversário?). A grande maioria destes foi arquitetada pelo Caçador Espacial Kaura – uma pedra no sapato de Keflen que surge na metade da série.

Kaura é um errante que junto com seus caçadores espaciais, prestava uns serviços pra La Deus. Sua chegada na Terra e o 1º embate com os Flashman, já mostra como o vilão é ameaçador. Seu monstro Za Sconder, ao absorver Medusã, se torna praticamente imortal e nem o poderoso Flash King resistiu e cai após o embate com 2 monstros Sconder. O episódio é um dos melhores da série, e sem dúvidas o final é trágico e inesquecível (como a morte do Metalder ou do Black Kamen Rider ò_ó).

Não demora muito e os Flashman adquirem um novo robô: o Tytan Flash. Tytan Flash é uma máquina (com forma de caminhão) construída no Planeta Flash e que veio para Terra sob comando de Barak – um ex-serviçal de Mez. De posse dela, os Flashman ganham não um, mas dois robôs: o 1º é o mecha mais “fofinho” dos sentais, Tytan Júnior (Tytan Boy). O 2º é o poderoso Gran Tytan – que parece uma máquina de lavar gigante… Só que solta um rajada de energia foderosa. Ah… O Flash King acaba sendo reconstruído depois, fortalecendo ainda mais o poder de fogo (e de pisar em maquetes) dos heróis!

Kaura acaba ficando na Terra para se vingar dos Flashman e também por ambições próprias. Perturbando as idéias de Keflen, Kaura também tem as respostas para a pergunta que os Flashman tanto querem saber: quem são seus verdadeiros pais?

Para impedir que Kaura mostre que é melhor, Keflen começa a tornar suas crias mais poderosas. Primeiro, fortalece o caladão (e desnecessário) Gals. Os Flashman o derrotam, mas ao mesmo tempo começam a sofrer um estranho fenômeno que faz com que eles percam suas forças! Depois, Wandar (que tem um topetão bem bizarro) vira o demoníaco Wandalo – que pode congelar o tempo – e Néfer vira a diabólica Nefelin – que pode distorcer a realidade. Os Flashman perdem suas forças e quase vão dessa pra melhor, por conta de um alinhamentos dos satélites do Planeta Flash. Passado a temporária perda de energia, os heróis ainda fortalecem seus prismas-refração com a ajuda da robô Mag (a mascote do grupo e que nos faz sentir pena do anão que veste a roupa).

Sempre tentando mostrar para La Deus que é melhor, Kaura resolve ser o novo líder do Cruzador Imperial. Ele fica mais forte com a chegada de seu braço direito, Galdan. Já nossos heróis estão cada vez mais aflitos pra saber qual deles é o filho do casal Tokimura, que aparece no começo da série e rendem os episódios mais dramáticos.

O Dr. Tokimura é um brilhante cientista (ele conseguiu viajar no tempo com um tipo de panela de pressão gigante @_@) que afirma que teve um filho levado por um ovni há 20 anos. Sua crença é muito forte, e acende esperanças em Din, Dan e Go. Só que depois, sua esposa acaba por recordar que eles tiveram foi uma filha: ou seja, Sara ou Lu!

Para sempre Flashman!
Monarca La Deus começa a aparecer com um olho tenebroso por trás da máscara branca que usa como cara (que por sinal, pareceu ter servido de inspiração para criar os invasores Nozas de Zillion, alguns anos depois). Isso deixa todos do Império Mez intrigados… Todo aquele que nasceu ou foi criado no sistema estelar de Flash tem um “ponto fraco” mortal: qualquer planeta hostil e com condições ambientais diferentes de Flash rejeitariam seus corpos, impedindo sua permanência no mesmo – podendo levar até a morte! E infelizmente, os Flashman começam a sofrer os problemas conseqüentes disso… É o que chamam de Fenêmeno Flash-Negativo.

Começa então uma contagem regressiva mortal e uma triste ironia do destino: os Flashman podem morrer pelo planeta que tanto lutam para defender. Eles não se importam e juram destruir Mez antes de serem obrigados a partir! Assim, eles dão cabo à Urk, Kirt, Wandar e os Caçadores Espaciais de Kaura.

Kaura sequestra Tokimura e o obriga a construir dia e noite, um sintetizador biomolecular (Keflen toca uma espécie de “piano” para misturar biomoléculas e criar monstros guerreiros). Com esse sintetizador, Kaura quer destruir o Monarca La Deus – uma vez que ele sabe qual sua fraqueza. Junto com Galdan ele invade a Nave Clone (base dos vilões) e destrem La Deus, para espanto de Keflen. É revelado o segredo de La Deus: ele não passava de uma biomolécula líquida, e por ser bastante simples, poderia morrer até mesmo evaporando! O misterioso “olho” que aparecia por trás da máscara branca era uma tentativa própria de La Deus evoluir. Infelizmente não viveu tempo suficiente para isso… Se bem que…

Red Flash trava um combate mortal com Kaura (no melhor estilo Buba x Change Dragon, ao por do sol) e no final do mesmo, Sara é sequestrada… Galdan vira um monstro e é destruído pelos heróis. Kaura revela a Sara que ela é filha de Tokimura. Gravemente ferido, ele tenta explodir a nave Clone e Keflen, mas acaba morrendo sem ter sua vingança.

Keflen se proclama o comandante supremo de Mez, mas La Deus ressuscita. Ele diz à Keflen aquilo que Kaura sempre ameaçava contar e deixava o doutor intrigado: ele é um ser humano, raptado a séculos! Keflen ignora a origem terráquea e resolve transformar seu ex-senhor em um monstro com seu sintetizador. Assim, com pouco mais de 2 dias na Terra, os Flashman travam seu combate contra La Deus. La Deus é bem osso duro de ser destruído, mas os heróis acabam vencendo. Nessa altura do campeonato, os Flashman possuem apenas 1 dia na Terra e ainda precisam destruir o Dr. Keflen!

Keflen faz das células restante de La Deus, o monstro Demus que se une a Medusã tornando-o mais mortal. Derrotados ao encarar Demus com o Flash King, os heróis usam o poder do Cosmo Flash de Gran Tytan ao máximo e conseguem explodir de vez com o comandante supremo do Império Mez. Enquanto isso, o casal Tokimura encontra a casa que moraram há 20 anos, quando tiveram seu filho (filha no caso) raptado por um ovni. Eles atestam que o bebê é Sara e todos os Flashman ficam sabendo. Os heróis prometem destruir Keflen antes que seu tempo na Terra se esgote e fazer Sara reencontrar seus pais pela última vez.

Os cinco heróis agonizantes entram na Nave Clone e ficam face à face com Keflen (e também Néfer, que não havia sido morta como eles acreditavam). Néfer morre para proteger seu “pai” do golpe da Sowrd Laser de Red Flash. Keflen começa a tocar em seu sitentetizador e explode com tudo - não antes de fazer uma “proposta” pros heróis… Os Flashman conseguem escapar, mas seu tempo na Terra acaba no exato instante. O Star Condor dirigido por Mag recolhe os heróis e eles partem da Terra com muita tristeza no coração… Mas jurando que um dia voltarão. Uma nova primavera chega, e a Terra está em paz.

Comando Estelar no Brasil
Mesmo não tendo tido a mesma popularidade que Changeman conseguiu, a série conquistou muitos fãs, e a grande maioria dos fãs de tokusatsu em geral elegem Flashman como o melhor sentai exibido aqui (ainda que uns outros apontem Maskman como tal, por causa de uma revista Herói.)

A dublagem contou com uma mistura de vozes de dubladores veteranos e novatos. Estreando nessa área, estava ninguém menos que Francisco Brêtas, que anos depois encarnaria o Cavaleiro do Gelo, Hyoga de Cisne. O trabalho final ficou muito bom.

A Everest Vídeo resolveu tratar melhor seu investimento e se preocupou em traduzir os créditos da abertura e do encerramento para o português. Por sinal Flashman foi o único tokusatsu da época que teve isso. A empresa mexeu na abertura dos primeiros episódios, tirando algumas cenas e a logo da série. Mais tarde, os episódios passaram a ser apresentados com a abertura original, sem cortes. A distribuidora lançou toda a série em VHS, mas hoje só é possivel encontrá-la em locadoras BEM antigas.

Foi lançado um LP toooooooosco com versões em português de algumas músicas da série, que não atingiu o mesmo sucesso que o de Jaspion e Changeman. A capa era a única coisa boa da coisa :P. Bonequinhos vagabas foram lançados pela Apolo (que lançou também Sharivan e Changeman). Máscaras, fantasia, espadinha e escudo e até o relógio refração dos heróis (!) foram os melhores produtos produzidos na época - mas tinham um preço bem salgado…

Depois do sucesso do circo-show de Jaspion e Changeman, os Flashman ganharam uma curtíssima temporada nesse negócio (pra delírio da criançada no final dos anos 80/começo da década de 90).

Os heróis também dividiram um álbum de figurinhas cheio de tokus da época (Spielvan, Metalder, Black Kamen Rider e Maskman) e tiveram quadrinhos lançados pela editora Abril (com desenhos bem estranhos por sinal). A série foi reprisada por volta de 94-95 pela Record e depois, em 1997, pela CNT/Gazeta (que fez uma abertura “própria”), e agora só o “Poder Paralelo” (que funciona no Mercado Livre :P) pode ajudar você a rever a série novamente (ou conhecer, se você nunca viu).

No final de 2007, muitos fãs ficaram na expectativa do retorno da série dentro de um programa trash independente chamado Fator X. Com uma produção pra lá de suspeita (onde adquiriram os direitos da série? No Mercado Livre? XD), o programa saiu do ar deixando muita gente com um gostinho na boca. Uma pena que não rolou mesmo a reprise. Mais pena ainda é saber que esse material dificilmente chegará em DVD no mercado brasileiro - pelo menos não durante a próxima década…

Checklist Episódios
01 - A Terra em perigo
02 - O Robô Gigante
03 - O caçador
04 - O Robô Mag
05 - O sucesso das guerreiras
06 - A super máquina
07 - O balão dos sonhos
08 - A família
09 - O guerreiro do tempo
10 - A cilada da menina
11 - A mãe do monstro
12 - Wandar, o super vilão
13 - Guerreiro intrépido
14 - O sonho de Gô
15 - O extermínio do Robô
16 - A estratégia
17 - Máquina enigmática
18 - A reviravolta do Robô
19 - Mensagem mortal
20 - A ressurreição do Robô
21 - Triste guerreira
22 - Pássaro imortal
23 - Sonho dourado
24 - Férias secretas
25 - Fusão conversão
26 - Abóboras selvagens
27 - Golpe da amizade
28 - O magnífico Gals
29 - Abominável alienígena
30 - Diabólica Nefer
31 - Guerreiros indefesos
32 - Querido mascote
33 - Meu pai, meu herói
34 - O destino de Gô
35 - Canção celestial
36 - Bicho metálico
37 - Amor das trevas
38 - Hora fatal
39 - Furor da tempestade
40 - A cidade do terror
41 - A infância
42 - Guerreira, não chore
43 - A revolta de Kaura
44 - A vinda do monstro guerreiro
45 - Deixem a Terra em paz
46 - 20 dias de vida
47 - O grito da morte
48 - Kaura, é o seu fim
49 - De encontro a la deus
50 - Adeus Planeta Terra


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