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Garoto de 10 anos ganha concurso para conhecer princesa Stéphanie, de Mônaco

Estudante de Guarulhos embarca nesta terça (13) para o principado. Criança, que será jurada de evento circense, sonha ser designer de games.


Criatividade. Com essa “arma”, o estudante Gabriel Gomes Ferreira da Silva, de 10 anos, venceu 60 mil concorrentes da mesma idade em um concurso de desenho realizado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Como prêmio, o garoto recebeu um novo desafio: será jurado-mirim do Festival Internacional de Circo de Mônaco, que acontece entre os dias 15 e 25 de janeiro.

O garoto embarca com a mãe e o professor de Artes na noite desta terça-feira (13), no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, com destino ao principado europeu. “É a primeira vez que saio do estado [de São Paulo] e que viajo de avião”, afirma, ansioso, o garoto.

Gabriel será o único representante brasileiro no júri. Além dele, estarão presentes estudantes de Romênia, Estados Unidos, Alemanha, França e Mônaco.

Tendo como base o tema “Respeitável público: o grande circo do Brasil apresenta...”, a ilustração colorida e de traços leves, porém definidos, do estudante chamou atenção não só dos representantes da secretaria, mas da própria princesa Stéphanie, de Mônaco.

Para chegar às mãos da princesa, o desenho percorreu um longo caminho, que começou na cabeça de Gabriel. “Desenhei cada um dos personagens que estão no trabalho final em folhas separadas. Depois, juntei todos eles em uma única folha”, lembra o estudante.

Usando apenas lápis de cor e caneta preta, o garoto criou, durante as aulas de artes, uma apresentação circense, com palhaços, malabaristas e mágico. A obra caiu no gosto da comissão da Escola Estadual Hugo de Aguiar, instituição onde estuda, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Ao passar para a fase posterior, o desenho teve de concorrer com os melhores de todo o Estado. E acabou ficando entre os 50 trabalhos finalistas. “Ficamos muito felizes. Mas não imaginávamos que ele iria ganhar”, conta, orgulhosa, a mãe de Gabriel, a auxiliar administrativa Lina Gomes Silva, de 40 anos.

A boa notícia veio no dia 12 de novembro do ano passado. “Nem teria aula naquele dia. Fui à escola por causa de um passeio”, diz o garoto. Antes de embarcar no ônibus, foi chamado pelo professor de artes, Roberto de Oliveira, de 29 anos, que o levou até a sala da diretora. Lá, soube da vitória. “Minhas pernas ficaram bambas. Tive de me sentar”, relata.

Além de conhecer a princesa, ele aproveitará para conhecer museus e pontos turísticos do principado. “Mal consigo dormir por causa da ansiedade”, diz. Segundo a Secretaria da Educação, todas as despesas relativas à viagem, como passagem e estada, serão custeadas pela organização do festival.

Estudo

Bom aluno, Gabriel diz gostar de todas as matérias. Matemática e Artes, porém, são as duas prediletas. No quinto ano do ensino fundamental, o garoto já faz planos para o futuro: “Quero ser designer de games”.

Orgulhosos, seus pais adoram mostrar aos outros o boletim do filho, recheado de notas dez. Ironicamente, a única matéria que não teve um desempenho perfeito foi Artes. “Não sei como isso foi acontecer. É engraçado, né?”, diz o pai de Gabriel, o comerciante Gilberto Ferreira da Silva, de 41 anos.

Na casa simples onde moram, na periferia de Guarulhos, Lina e Gilberto lembram que Gabriel sempre se destacou nas artes. “Ele é muito criativo. Cria jogos, brinquedos, e desenha muito bem até no computador”, relata a mãe do estudante.

Em uma pasta, o jovem guarda seus desenhos preferidos. Ali estão ilustrações do personagem japonês Naruto, de Zorro e do Super-Gato. “Eu que criei esse super-herói, inspirado no meu gato, o Billy”, afirma Gabriel.

Conscientes sobre o papel da educação na formação do filho, Gilberto e Lina contam que, quando o orçamento familiar permite, dão livros e gibis para o garoto. “Gosto de incentivá-lo a ler. Pois você sabe, não? Educação e cultura são tudo nessa vida”, completa a auxiliar administrativa.

Fonte: G1

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