A classe média está na moda. Em meio a uma recessão econômica global, o charme da burguesia está longe de ser discreto. O governo Obama colocou a classe média no centro de sua estratégia de recuperação. Com alívio de impostos, redução dos custos de saúde e maior assistência para pagar pelo ensino superior, o governo está apostando que "uma classe média forte é igual a uma América forte". Além de Washington, o crescimento da classe média em todo mundo é considerado como um pára-choque importante para a atual crise e um novo motor para a eventual recuperação. Se a classe média dos países em desenvolvimento gastar mais com seu novo poder aquisitivo, ela pode compensar o enfraquecimento da demanda entre os maiores consumidores do mundo. "Nós estamos na crise em que estamos, entre outros motivos, por causa do desequilíbrio gerado na economia global, no qual as economias em crescimento na Ásia dependiam do consumo de outros países. Nós precisamos de algo mais equilibrado"