“Na civilização moderna, o indivíduo se caracteriza por uma atividade bastante grande, voltada inteiramente para o lado prático da vida, por muita ignorância, por uma certa astúcia e por um estado de fraqueza mental que o submete de modo profundo à influência do meio onde lhe acontece se encontrar. Talvez a civilização moderna tenha trazido formas de vida, de educação e de alimentação que tendem a dar aos homens as qualidades dos animais”. (Aléxis Carrel. O Homem , Esse Desconhecido)
Como falar da sociedade contemporânea sem se reportar ao início da existência humana. Com o aparecimento do homo sapiens sapiens na terra à aproximadamente 300 mil a 50 mil anos, a “ evolução” da espécie humana têm início. Esse homem, selvagem, primitivo, das cavernas, lutava apenas para sobreviver. Tudo era um grande mistério. Esse homem que possuía uma camada cortical cerebral ainda pouco desenvolvida baseava sua vida nos instintos, onde o sistema límbico era o grande agente motivador O conceito de saúde e doença parecia não existir. O grande mistério era a morte de um ser igual a si. A finitude parece ter sido o motivo pelo qual o homem passa a se interessar pela vida.
Com o processo de evolução do homem questões como: Quem sou eu? Qual a razão de estar nesse mundo? Por que existo? passaram a permear a mente humana . Sartre bem definiu o homem e suas angústias existenciais: a morte como condição imutável e ser só em si mesmo, por mais que esteja acompanhado. Mesmo com o passar dos séculos o homem vivia procurando desvendar o grande feito da origem da vida e do término da mesma. Passou então a viver em sociedade, uma vez que o outro o ajudava em sua sobrevivência e também porque precisava do outro, como referência de si mesmo. Esse homem necessitava de algo que pudesse trazer uma harmonia na convivência social e também um conforto para suas angústias e com isso deuses são criados por eles. A crença que algo ou alguém tivesse poderes “divinos” tanto na bondade como no castigo trazia um freio aos instintos naturais, trazendo uma luz e um sentido para sua vida. Surgem então as regras sociais, morais e éticas nesse início da existência do homem na terra. Mas servir a tantos deuses, uma vez que cada um protegia algo específico era muito desgastante. O politeísmo parecia ser inesgotável quanto às obrigações que cada um dos deuses exigia. Surge então o monoteísmo. Parece que essa visão de um único ser Criador, um único Deus, trouxe ao homem uma maior facilidade. Esse ser supremo, onipotente e onisciente, capaz de atos de extremo altruísmo como de atos de extremo castigo, trazia novamente um freio, uma moral e uma ética embasada na fé e na obediência a um único Senhor. A visão de um único Deus, tão poderoso, parece ter trazido ao homem além de uma explicação para sua origem, um acalanto para seu maior medo: a morte. Poderia ele continuar, ou seu espírito, depois da morte, no paraíso ou no inferno, dependendo apenas dele e de suas atitudes no transcorrer da sua vida. A bondade tornou-se o instrumento maior para alcançar o paraíso eterno. Baseado nessas regras religiosas o homem passa então, a cada momento controlar seus instintos, conformando-se com os imponderáveis que surgiam, uma vez que não era sua obra e sim a vontade de Deus.
E assim caminha a humanidade!
Com o passar dos séculos a catarse, ou seja, a explosão dos instintos naturais se manifestou de diversas formas: as lutas pelo poder, as guerras,
as arenas, as punições severas, a inquisição, o escravismo, a eugenia, os incontáveis preconceitos, competição exacerbada, os esportes violentos até atingirmos a violência virtual, onde crianças deixaram de ter infância e passam horas e horas, diante de uma tela, jogando contra uma máquina , tentando de todas as formas vencer o inimigo e culminando na felicidade extrema quando consegue derrotá-lo e finalmente matá-lo.
Também a história da sociedade na qual o homem está inserido nos mostra que independente da cultura, do regime político ou da época, as “castas” sociais estão presentes fomentando um regime de superioridade e inferioridade. A ciência, verdadeira até o momento de uma nova descoberta, com seus incontroláveis avanços tecnológicos, a mídia trazendo a cada instante um novo referencial de moda, de padrão de beleza e de status social, corrobora e controla de uma forma assustadora o comportamento humano. Afeto, nem pensar, compaixão inexistente, amor só a si mesmo, problemas dos outros não interessam. Vivemos em uma sociedade embasada por um narcisismo total. Só eu tenho valor. Só eu sou importante. Nesse mundo atual tudo e todos são descartáveis: “ A melhor música de todos os tempos da última semana, o melhor disco brasileiro de música americana.....” ( Titãs). Esses são os tempos hiper-modernos, tempos de extrema “civilização”. Será esse o mundo que queremos realmente viver?
Ao olhar para a história da humanidade percebe-se que o homem possui dentro de si tanto a bondade quanto a maldade. A agressividade também.
Como então enfrentar a violência que a cada dia assusta e amedronta mais as pessoas? Que sociedade é essa? Medo, medo, medo é a palavra do momento. Roubos, seqüestros, assassinatos, corrupção, chacinas, drogas, estão amplamente banalizados em nossa sociedade, bem como o valor da vida.
Sabe-se que ao lado das tendências naturais, o que nos identifica como da mesma espécie, humana, cada pessoa é única com desejos e vontades próprias que a distinguirá das demais.
Se cada pessoa tem suas idiossincrasias que a torna diferente das outras, é necessário então que se conviva em uma sociedade que possua regras, normas, leis, moral e ética e que todos as pratiquem. O ser humano é diferente entre si, mas não é desigual. As leis devem ser cumpridas por todos os integrantes de uma sociedade. Crianças morando nas ruas, população sem direito a educação, filas incontáveis em postos de saúde e hospitais públicos, sem tetos, favelas, miséria absoluta. O meio em que uma criança vive corrobora também para a formação de seu caráter. Direito a educação, a saúde, a igualdade de tratamento é fundamental para a manutenção de uma sociedade sadia e um dever dos governantes dessa sociedade.
Como enfrentar então esse caos social comandado abertamente pela Violência?
Em pleno século XXI vive-se uma inversão de valores. Moral e ética parecem ser palavras de um alfabeto extinto e não registrado na memória do homem e nem registrado em livros.
Estamos vivendo um verdadeiro Caos Social.
Parar! Pensar! Refletir e Agir: tornou-se urgente e emergencial para que todas as pessoas inseridas em nossa sociedade possam manifestar-se e juntas rever e reorganizar uma sociedade não mais portadora de uma doença incurável e sim uma sociedade saudável, baseada em valores morais e éticos, punindo com severidade aqueles que rompam com esses valores, mas também dando oportunidades para que essas pessoas possam reintegrar-se de maneira satisfatória nessa sociedade.
Mundo ideal, nirvana, paraíso, sociedade perfeita é utopia. Sempre vão existir problemas, pessoas transgressoras, certo grau de violência, agressividade, psicopatologias, mas em um número significativamente inferior ao que se observa hoje.
Como falar da sociedade contemporânea sem se reportar ao início da existência humana. Com o aparecimento do homo sapiens sapiens na terra à aproximadamente 300 mil a 50 mil anos, a “ evolução” da espécie humana têm início. Esse homem, selvagem, primitivo, das cavernas, lutava apenas para sobreviver. Tudo era um grande mistério. Esse homem que possuía uma camada cortical cerebral ainda pouco desenvolvida baseava sua vida nos instintos, onde o sistema límbico era o grande agente motivador O conceito de saúde e doença parecia não existir. O grande mistério era a morte de um ser igual a si. A finitude parece ter sido o motivo pelo qual o homem passa a se interessar pela vida.
Com o processo de evolução do homem questões como: Quem sou eu? Qual a razão de estar nesse mundo? Por que existo? passaram a permear a mente humana . Sartre bem definiu o homem e suas angústias existenciais: a morte como condição imutável e ser só em si mesmo, por mais que esteja acompanhado. Mesmo com o passar dos séculos o homem vivia procurando desvendar o grande feito da origem da vida e do término da mesma. Passou então a viver em sociedade, uma vez que o outro o ajudava em sua sobrevivência e também porque precisava do outro, como referência de si mesmo. Esse homem necessitava de algo que pudesse trazer uma harmonia na convivência social e também um conforto para suas angústias e com isso deuses são criados por eles. A crença que algo ou alguém tivesse poderes “divinos” tanto na bondade como no castigo trazia um freio aos instintos naturais, trazendo uma luz e um sentido para sua vida. Surgem então as regras sociais, morais e éticas nesse início da existência do homem na terra. Mas servir a tantos deuses, uma vez que cada um protegia algo específico era muito desgastante. O politeísmo parecia ser inesgotável quanto às obrigações que cada um dos deuses exigia. Surge então o monoteísmo. Parece que essa visão de um único ser Criador, um único Deus, trouxe ao homem uma maior facilidade. Esse ser supremo, onipotente e onisciente, capaz de atos de extremo altruísmo como de atos de extremo castigo, trazia novamente um freio, uma moral e uma ética embasada na fé e na obediência a um único Senhor. A visão de um único Deus, tão poderoso, parece ter trazido ao homem além de uma explicação para sua origem, um acalanto para seu maior medo: a morte. Poderia ele continuar, ou seu espírito, depois da morte, no paraíso ou no inferno, dependendo apenas dele e de suas atitudes no transcorrer da sua vida. A bondade tornou-se o instrumento maior para alcançar o paraíso eterno. Baseado nessas regras religiosas o homem passa então, a cada momento controlar seus instintos, conformando-se com os imponderáveis que surgiam, uma vez que não era sua obra e sim a vontade de Deus.
E assim caminha a humanidade!
Com o passar dos séculos a catarse, ou seja, a explosão dos instintos naturais se manifestou de diversas formas: as lutas pelo poder, as guerras,
as arenas, as punições severas, a inquisição, o escravismo, a eugenia, os incontáveis preconceitos, competição exacerbada, os esportes violentos até atingirmos a violência virtual, onde crianças deixaram de ter infância e passam horas e horas, diante de uma tela, jogando contra uma máquina , tentando de todas as formas vencer o inimigo e culminando na felicidade extrema quando consegue derrotá-lo e finalmente matá-lo.
Também a história da sociedade na qual o homem está inserido nos mostra que independente da cultura, do regime político ou da época, as “castas” sociais estão presentes fomentando um regime de superioridade e inferioridade. A ciência, verdadeira até o momento de uma nova descoberta, com seus incontroláveis avanços tecnológicos, a mídia trazendo a cada instante um novo referencial de moda, de padrão de beleza e de status social, corrobora e controla de uma forma assustadora o comportamento humano. Afeto, nem pensar, compaixão inexistente, amor só a si mesmo, problemas dos outros não interessam. Vivemos em uma sociedade embasada por um narcisismo total. Só eu tenho valor. Só eu sou importante. Nesse mundo atual tudo e todos são descartáveis: “ A melhor música de todos os tempos da última semana, o melhor disco brasileiro de música americana.....” ( Titãs). Esses são os tempos hiper-modernos, tempos de extrema “civilização”. Será esse o mundo que queremos realmente viver?
Ao olhar para a história da humanidade percebe-se que o homem possui dentro de si tanto a bondade quanto a maldade. A agressividade também.
Como então enfrentar a violência que a cada dia assusta e amedronta mais as pessoas? Que sociedade é essa? Medo, medo, medo é a palavra do momento. Roubos, seqüestros, assassinatos, corrupção, chacinas, drogas, estão amplamente banalizados em nossa sociedade, bem como o valor da vida.
Sabe-se que ao lado das tendências naturais, o que nos identifica como da mesma espécie, humana, cada pessoa é única com desejos e vontades próprias que a distinguirá das demais.
Se cada pessoa tem suas idiossincrasias que a torna diferente das outras, é necessário então que se conviva em uma sociedade que possua regras, normas, leis, moral e ética e que todos as pratiquem. O ser humano é diferente entre si, mas não é desigual. As leis devem ser cumpridas por todos os integrantes de uma sociedade. Crianças morando nas ruas, população sem direito a educação, filas incontáveis em postos de saúde e hospitais públicos, sem tetos, favelas, miséria absoluta. O meio em que uma criança vive corrobora também para a formação de seu caráter. Direito a educação, a saúde, a igualdade de tratamento é fundamental para a manutenção de uma sociedade sadia e um dever dos governantes dessa sociedade.
Como enfrentar então esse caos social comandado abertamente pela Violência?
Em pleno século XXI vive-se uma inversão de valores. Moral e ética parecem ser palavras de um alfabeto extinto e não registrado na memória do homem e nem registrado em livros.
Estamos vivendo um verdadeiro Caos Social.
Parar! Pensar! Refletir e Agir: tornou-se urgente e emergencial para que todas as pessoas inseridas em nossa sociedade possam manifestar-se e juntas rever e reorganizar uma sociedade não mais portadora de uma doença incurável e sim uma sociedade saudável, baseada em valores morais e éticos, punindo com severidade aqueles que rompam com esses valores, mas também dando oportunidades para que essas pessoas possam reintegrar-se de maneira satisfatória nessa sociedade.
Mundo ideal, nirvana, paraíso, sociedade perfeita é utopia. Sempre vão existir problemas, pessoas transgressoras, certo grau de violência, agressividade, psicopatologias, mas em um número significativamente inferior ao que se observa hoje.
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