Quase um dia após conseguir a guarda do neto na Justiça, Sônia Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, deve embarcar ainda nesta sexta (9) com o neto Bruno, de Foz do Iguaçu (PR) com destino a Campo Grande (MS). Sônia comemorou o parecer favorável na Justiça, o que considera ser apenas a primeira vitória. Ela disse que deseja agora dar ao neto o que não pode dar à filha. Eliza, ex-amante do goleiro do Flamengo Bruno Fernandes Souza, está desaparecida há cerca de um mês. Ela tentava provar na Justiça que o atleta é pai de seu filho, que completa cinco meses no sábado (10).
Ainda no Conselho Tutelar, a avó, chorando, declarou estar aliviada. "Agora é levar a vida para frente, cuidar do meu neto, dar amor e carinho para ele. Isso, infelizmente, minha filha não vai poder mais dar. Ele é um pedacinho da Eliza que vou ter perto de mim", disse. "Não tenho como explicar a emoção desse momento." Antes de seguirem para o aeroporto, Sônia e a advogada Maria Lúcia Borges Gomes levaram a criança ao médico. Com início de bronquite, foi medicado e recebeu o atestado do pediatra para viajar.
O bebê teve o primeiro contato com a avó na sede do Conselho Tutelar, em Foz do Iguaçu. Tanto o pai como a mãe de Eliza disputam judicialmente a guarda definitiva da criança. Luís Carlos Samudio, pai da jovem desaparecida, permaneceu com a guarda do neto por quase duas semanas, desde que o resgatou de um abrigo em Contagem (MG), no dia 27 de junho. Ontem, porém, a decisão foi revertida em favor de Sônia logo após a divulgação de que Samudio recorre de uma acusação de estupro - pela qual já foi condenado em primeira instância.
Questionada sobre os interesses que teria sobre o neto, já que teria criado Eliza por apenas cinco meses e a abandonado, Sônia retrucou. "É mentira o que estão dizendo. Minha filha viveu comigo até os três anos, quando me separei do pai dela. O nosso relacionamento era conturbado. Ele (Samudio) chegou a me agredir fisicamente. Em uma das vezes fiquei com o olho roxo. Quando fui embora de Foz, ela tinha nove anos. Quanto ao Bruno (goleiro), na verdade, até preferiria que meu neto não fosse filho dele."
Advogado do pai de Eliza, Jader Soares confirmou que Luiz Carlos Samudio saiu na última quinta (8) de Minas em direção a Foz do Iguaçu e ainda não foi informado de que seu neto foi entregue à ex-mulher.
Questionado sobre a posição de Luiz sobre a acusação de estupro, o advogado é enfático. “Isso não é verdade. Vamos sentar e analisar minha contratação para este caso também. Tomei conhecimento do caso essa semana e já pedi uma cópia do processo para estudar como provar sua inocência”, afirma.
Entenda o caso
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho. O último contato conhecido dela foi com a advogada Anne Faraco, que acompanhava o reconhecimento da paternidade do filho de quatro meses que dizia ser de Bruno Fernandes, à época goleiro e capitão do Flamengo. Eliza avisou no telefonema que iria a Minas Gerais encontrar o jogador, pois ele havia concordado em fazer um exame de DNA.
Nos meses anteriores, a modelo tinha levado à imprensa do Rio de Janeiro a notícia de que estava grávida de Bruno. A criança teria sido concebida no primeiro encontro dos dois em um churrasco em maio de 2009, quando o atleta já era casado com Dayanne Souza.
Em outubro, Eliza denunciou ter recebido ameaças de Bruno, que pressionava para que abortasse a criança. A Justiça determinou que o atleta mantivesse, pelo menos, 300 metros de distância dela.
Quando o bebê nasceu, em fevereiro deste ano, a ex-amante passou a negociar as condições para que Bruno assumisse a paternidade. Ela batizou a criança com o mesmo nome do jogador. Um mês depois, ela foi ao Rio e enviou uma mensagem para sua advogada: "Estou no mesmo hotel que fiquei aquela vez, se acontecer algo, já sabe quem foi". O advogado do jogador rejeitou o acordo proposto por ela na ocasião.
Em 24 de junho, a Delegacia de Homicídios de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde ficava o sítio de Bruno, recebeu uma denúncia de que Eliza havia sido levada para o local, onde teria sido assassinada. Foi quando as polícias fluminense e mineira começaram as buscas por Eliza.
Dois dias depois, a mulher do jogador, Dayanne, foi autuada “por subtração de incapaz” por ter entregado filho de Eliza a uma amiga.
Na segunda-feira (28 de junho), a polícia de Minas Gerais fez as primeiras buscas no sítio do atleta. No dia seguinte, a perícia encontrou vestígios de sangue no carro de Bruno, retido por falta de licenciamento em uma blitz no dia 8 do mesmo mês. Mais tarde, um exame mostrou que se tratava do sangue de Eliza.
A testemunha-chave do caso, um adolescente de 17 anos, que é primo do goleiro, apareceu em 6 de julho e confirmou ter participado do seqüestro de Eliza, ao lado de Luiz Henrique Romão - mais conhecido como “Macarrão”, que era funcionário de Bruno.
O menor de idade disse que ambos levaram a mulher para o sítio do jogador e que, de lá, ela havia sido entregue ao traficante e ex-policial civil Marcos Aparecido do Santos, conhecido também como “Bola”, “Paulista” e “Neném”, na cidade de Vespasiano, na Grande Belo Horizonte. Ele seria o responsável pela morte de Eliza, por estrangulamento.
O adolescente disse ainda que o traficante desmembrou a mulher e deu as partes do corpo dela para que cachorros comessem. Segundo a polícia de MG, Bruno teria acompanhado a entrega de sua ex-amante ao criminoso e presenciado o assassinato.
Bruno, sua esposa e Macarrão, além de mais cinco pessoas envolvidas no crime, tiveram sua prisão preventiva decretada após o encerramento do depoimento do adolescente, no dia 6 de julho.
O jogador e seu funcionário já foram indiciados pela polícia do Rio pelo sequestro ocorrido em junho deste ano e, pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), por sequestro, cárcere privado e lesão corporal, por conta do incidente de 2009, onde teriam tentado forçar Eliza a abortar a criança que ela carregava.
Ainda no Conselho Tutelar, a avó, chorando, declarou estar aliviada. "Agora é levar a vida para frente, cuidar do meu neto, dar amor e carinho para ele. Isso, infelizmente, minha filha não vai poder mais dar. Ele é um pedacinho da Eliza que vou ter perto de mim", disse. "Não tenho como explicar a emoção desse momento." Antes de seguirem para o aeroporto, Sônia e a advogada Maria Lúcia Borges Gomes levaram a criança ao médico. Com início de bronquite, foi medicado e recebeu o atestado do pediatra para viajar.
O bebê teve o primeiro contato com a avó na sede do Conselho Tutelar, em Foz do Iguaçu. Tanto o pai como a mãe de Eliza disputam judicialmente a guarda definitiva da criança. Luís Carlos Samudio, pai da jovem desaparecida, permaneceu com a guarda do neto por quase duas semanas, desde que o resgatou de um abrigo em Contagem (MG), no dia 27 de junho. Ontem, porém, a decisão foi revertida em favor de Sônia logo após a divulgação de que Samudio recorre de uma acusação de estupro - pela qual já foi condenado em primeira instância.
Questionada sobre os interesses que teria sobre o neto, já que teria criado Eliza por apenas cinco meses e a abandonado, Sônia retrucou. "É mentira o que estão dizendo. Minha filha viveu comigo até os três anos, quando me separei do pai dela. O nosso relacionamento era conturbado. Ele (Samudio) chegou a me agredir fisicamente. Em uma das vezes fiquei com o olho roxo. Quando fui embora de Foz, ela tinha nove anos. Quanto ao Bruno (goleiro), na verdade, até preferiria que meu neto não fosse filho dele."
Advogado do pai de Eliza, Jader Soares confirmou que Luiz Carlos Samudio saiu na última quinta (8) de Minas em direção a Foz do Iguaçu e ainda não foi informado de que seu neto foi entregue à ex-mulher.
Questionado sobre a posição de Luiz sobre a acusação de estupro, o advogado é enfático. “Isso não é verdade. Vamos sentar e analisar minha contratação para este caso também. Tomei conhecimento do caso essa semana e já pedi uma cópia do processo para estudar como provar sua inocência”, afirma.
Entenda o caso
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho. O último contato conhecido dela foi com a advogada Anne Faraco, que acompanhava o reconhecimento da paternidade do filho de quatro meses que dizia ser de Bruno Fernandes, à época goleiro e capitão do Flamengo. Eliza avisou no telefonema que iria a Minas Gerais encontrar o jogador, pois ele havia concordado em fazer um exame de DNA.
Nos meses anteriores, a modelo tinha levado à imprensa do Rio de Janeiro a notícia de que estava grávida de Bruno. A criança teria sido concebida no primeiro encontro dos dois em um churrasco em maio de 2009, quando o atleta já era casado com Dayanne Souza.
Em outubro, Eliza denunciou ter recebido ameaças de Bruno, que pressionava para que abortasse a criança. A Justiça determinou que o atleta mantivesse, pelo menos, 300 metros de distância dela.
Quando o bebê nasceu, em fevereiro deste ano, a ex-amante passou a negociar as condições para que Bruno assumisse a paternidade. Ela batizou a criança com o mesmo nome do jogador. Um mês depois, ela foi ao Rio e enviou uma mensagem para sua advogada: "Estou no mesmo hotel que fiquei aquela vez, se acontecer algo, já sabe quem foi". O advogado do jogador rejeitou o acordo proposto por ela na ocasião.
Em 24 de junho, a Delegacia de Homicídios de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde ficava o sítio de Bruno, recebeu uma denúncia de que Eliza havia sido levada para o local, onde teria sido assassinada. Foi quando as polícias fluminense e mineira começaram as buscas por Eliza.
Dois dias depois, a mulher do jogador, Dayanne, foi autuada “por subtração de incapaz” por ter entregado filho de Eliza a uma amiga.
Na segunda-feira (28 de junho), a polícia de Minas Gerais fez as primeiras buscas no sítio do atleta. No dia seguinte, a perícia encontrou vestígios de sangue no carro de Bruno, retido por falta de licenciamento em uma blitz no dia 8 do mesmo mês. Mais tarde, um exame mostrou que se tratava do sangue de Eliza.
A testemunha-chave do caso, um adolescente de 17 anos, que é primo do goleiro, apareceu em 6 de julho e confirmou ter participado do seqüestro de Eliza, ao lado de Luiz Henrique Romão - mais conhecido como “Macarrão”, que era funcionário de Bruno.
O menor de idade disse que ambos levaram a mulher para o sítio do jogador e que, de lá, ela havia sido entregue ao traficante e ex-policial civil Marcos Aparecido do Santos, conhecido também como “Bola”, “Paulista” e “Neném”, na cidade de Vespasiano, na Grande Belo Horizonte. Ele seria o responsável pela morte de Eliza, por estrangulamento.
O adolescente disse ainda que o traficante desmembrou a mulher e deu as partes do corpo dela para que cachorros comessem. Segundo a polícia de MG, Bruno teria acompanhado a entrega de sua ex-amante ao criminoso e presenciado o assassinato.
Bruno, sua esposa e Macarrão, além de mais cinco pessoas envolvidas no crime, tiveram sua prisão preventiva decretada após o encerramento do depoimento do adolescente, no dia 6 de julho.
O jogador e seu funcionário já foram indiciados pela polícia do Rio pelo sequestro ocorrido em junho deste ano e, pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), por sequestro, cárcere privado e lesão corporal, por conta do incidente de 2009, onde teriam tentado forçar Eliza a abortar a criança que ela carregava.
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