O Corinthians conquistou o primeiro torneio que disputou depois de retornar à Primeira Divisão nacional. E sem perder uma partida sequer. Neste domingo, no Pacaembu, a equipe do Parque São Jorge assegurou o seu quinto título invicto do Campeonato Paulista ao empatar por 1 a 1 com o Santos, gols de Kléber Pereira e André Santos.
O último campeão invicto do Paulistão havia sido o Palmeiras, em 1972. Para repetir esse feito, que o Corinthians já havia alcançado em 1914, 1915, 1929 e 1938, o time comandado por Mano Menezes totalizou 49 pontos na competição, 13 vitórias e dez empates. O Santos se despediu com 44, total de 14 resultados positivos, cinco negativos e quatro igualdades.
Em festa pela conquista deste final de semana, o Corinthians não terá muito tempo para comemorar. Enfrentará o Atlético-PR já nesta quarta-feira, novamente no Pacaembu, precisando de uma vitória simples para avançar na Copa do Brasil. A estreia no Campeonato Brasileiro será no domingo, contra o Internacional. O Santos enfrentará outro time gaúcho no mesmo dia, o Grêmio.
A decisão - O Santos fez reconhecimento de campo no momento em que centenas cheerleaders da Federação Paulista de Futebol (FPF) se apresentavam ao público. Bastante vaiado pelos corintianos, o time comandado por Vágner Mancini caminhou distante do troféu exposto pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e sumiu em meio às garotas, vestidas com saias e tops de todas as cores.
Após finalmente se desvencilhar da aglomeração de cheerleaders para voltar ao vestiário do Pacaembu, os santistas mostraram habilidade para também driblar os corintianos quando a partida começou. Torcedores mandantes cantavam mais alto (os organizados ainda desfraldavam bandeirões; os desorganizados tremulavam bandeirinhas de plástico), mas o time mais ofensivo no início do clássico era o adversário.
Logo no primeiro minuto, o centroavante Kléber Pereira mostrou a mesma falta de pontaria do domingo passado e isolou a bola à frente do goleiro Felipe. Mais bonito fez o meia-atacante Paulo Henrique Lima, agora de visual careca, quando passou por uma série de marcadores na intermediária e deixou alguns corintianos também descabelados nas arquibancadas.
Contando com a destreza de Paulo Henrique e, principalmente, a velocidade de Madson, Kléber Pereira conseguiu se redimir dos gols que perdeu recentemente. Aos 26 minutos, no instante em que a torcida do Santos já fazia o canto ao "time da virada" audível no estádio, o veterano invadiu a área e foi derrubado por Felipe. Pênalti, que ele mesmo cobrou com categoria: 1 a 0.
O técnico Dunga chegou ao camarote da FPF no Pacaembu quando os santistas ainda comemoravam. Obsessivo para ser convocado à seleção brasileira, o lateral-esquerdo André Santos ironicamente empatou a partida cinco minutos depois. Dentinho avançou com velocidade pela lateral esquerda aos 33 e passou a bola para o companheiro chutar forte. Fábio Costa aceitou. Festa corintiana no Pacaembu.
Se antes começava a se desesperar com o árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho, que havia interrompido um ataque do Corinthians para trocar a bola murcha, a torcida da casa esqueceu das reclamações e ficou eufórica após o gol de André Santos. O Santos precisava agora de ao menos uma goleada por 4 a 1 para ser campeão paulista. Ao lado de Dunga, no entanto, o presidente corintiano Andrés Sanchez mantinha a cautela: "Não está nada ganho".
Mesmo com a necessidade de marcar gols, Vágner Mancini não fez nenhuma substituição no intervalo (assim como Mano Menezes). A única mudança na equipe do Santos eram as chuteiras de Neymar, vermelhas no primeiro tempo e verdes, bastante chamativas, no segundo. O discreto Jorge Henrique, contudo, ficou mais em evidência quando o jogo recomeçou. Quase virou o placar com um chute forte e uma cabeçada, aos oito e dez minutos.
Mancini resolveu tomar providências no decorrer do segundo tempo. Trocou Neymar, que não passou de promessa na decisão, Luizinho e Paulo Henrique Lima por Maikon Leite, Molina e Robson. Não adiantou. Abatido em campo, o Santos passou a distribuir faltas enquanto a torcida do Corinthians gritava "olé" para a troca de passes de sua equipe. Os gritos foram de "é campeão" a partir dos 32 minutos.
O entusiasmo ficou mais intenso porque o zagueiro Domingos, chamado de "louco" por Ronaldo após uma dividida, foi expulso. O astro corintiano ainda acabou interceptado por um torcedor antes do final da partida, que invadiu o gramado para abraçá-lo pela conquista.
O último campeão invicto do Paulistão havia sido o Palmeiras, em 1972. Para repetir esse feito, que o Corinthians já havia alcançado em 1914, 1915, 1929 e 1938, o time comandado por Mano Menezes totalizou 49 pontos na competição, 13 vitórias e dez empates. O Santos se despediu com 44, total de 14 resultados positivos, cinco negativos e quatro igualdades.
Em festa pela conquista deste final de semana, o Corinthians não terá muito tempo para comemorar. Enfrentará o Atlético-PR já nesta quarta-feira, novamente no Pacaembu, precisando de uma vitória simples para avançar na Copa do Brasil. A estreia no Campeonato Brasileiro será no domingo, contra o Internacional. O Santos enfrentará outro time gaúcho no mesmo dia, o Grêmio.
A decisão - O Santos fez reconhecimento de campo no momento em que centenas cheerleaders da Federação Paulista de Futebol (FPF) se apresentavam ao público. Bastante vaiado pelos corintianos, o time comandado por Vágner Mancini caminhou distante do troféu exposto pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e sumiu em meio às garotas, vestidas com saias e tops de todas as cores.
Após finalmente se desvencilhar da aglomeração de cheerleaders para voltar ao vestiário do Pacaembu, os santistas mostraram habilidade para também driblar os corintianos quando a partida começou. Torcedores mandantes cantavam mais alto (os organizados ainda desfraldavam bandeirões; os desorganizados tremulavam bandeirinhas de plástico), mas o time mais ofensivo no início do clássico era o adversário.
Logo no primeiro minuto, o centroavante Kléber Pereira mostrou a mesma falta de pontaria do domingo passado e isolou a bola à frente do goleiro Felipe. Mais bonito fez o meia-atacante Paulo Henrique Lima, agora de visual careca, quando passou por uma série de marcadores na intermediária e deixou alguns corintianos também descabelados nas arquibancadas.
Contando com a destreza de Paulo Henrique e, principalmente, a velocidade de Madson, Kléber Pereira conseguiu se redimir dos gols que perdeu recentemente. Aos 26 minutos, no instante em que a torcida do Santos já fazia o canto ao "time da virada" audível no estádio, o veterano invadiu a área e foi derrubado por Felipe. Pênalti, que ele mesmo cobrou com categoria: 1 a 0.
O técnico Dunga chegou ao camarote da FPF no Pacaembu quando os santistas ainda comemoravam. Obsessivo para ser convocado à seleção brasileira, o lateral-esquerdo André Santos ironicamente empatou a partida cinco minutos depois. Dentinho avançou com velocidade pela lateral esquerda aos 33 e passou a bola para o companheiro chutar forte. Fábio Costa aceitou. Festa corintiana no Pacaembu.
Se antes começava a se desesperar com o árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho, que havia interrompido um ataque do Corinthians para trocar a bola murcha, a torcida da casa esqueceu das reclamações e ficou eufórica após o gol de André Santos. O Santos precisava agora de ao menos uma goleada por 4 a 1 para ser campeão paulista. Ao lado de Dunga, no entanto, o presidente corintiano Andrés Sanchez mantinha a cautela: "Não está nada ganho".
Mesmo com a necessidade de marcar gols, Vágner Mancini não fez nenhuma substituição no intervalo (assim como Mano Menezes). A única mudança na equipe do Santos eram as chuteiras de Neymar, vermelhas no primeiro tempo e verdes, bastante chamativas, no segundo. O discreto Jorge Henrique, contudo, ficou mais em evidência quando o jogo recomeçou. Quase virou o placar com um chute forte e uma cabeçada, aos oito e dez minutos.
Mancini resolveu tomar providências no decorrer do segundo tempo. Trocou Neymar, que não passou de promessa na decisão, Luizinho e Paulo Henrique Lima por Maikon Leite, Molina e Robson. Não adiantou. Abatido em campo, o Santos passou a distribuir faltas enquanto a torcida do Corinthians gritava "olé" para a troca de passes de sua equipe. Os gritos foram de "é campeão" a partir dos 32 minutos.
O entusiasmo ficou mais intenso porque o zagueiro Domingos, chamado de "louco" por Ronaldo após uma dividida, foi expulso. O astro corintiano ainda acabou interceptado por um torcedor antes do final da partida, que invadiu o gramado para abraçá-lo pela conquista.
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