No final de setembro, a Sadia anunciou perdas de 760 milhões de reais com operações de derivativos. As ações da empresa despencaram, o diretor financeiro foi demitido, o presidente do conselho foi substituído pelo ex-ministro Luiz Fernando Furlan. Dias depois a empresa conseguiu empréstimos no mercado para ajudar a tapar o rombo dos derivativos.
Ontem, um alto executivo de um banco me disse que esse financiamento foi conseguido junto ao Banco do Brasil. Segundo ele, a Sadia teria conseguido 700 milhões de reais em tempo recorde e em condições extremamente favoráveis (o empréstimo é de 10 anos). Chequei com outro executivo de banco e ele me confirmou o dado.
Fui então falar com a própria empresa. A assessoria de imprensa primeiro respondeu que a empresa "não confirmava" a informação. Como já estou acostumada aos eufemismos do mundo corporativo, perguntei se a empresa "não confirmava" ou se ela "negava" -- afinal, são coisas diferentes.
Hoje de manhã recebi uma resposta: "Não podemos detalhar com que bancos esse dinheiro foi levantado e nem os valores envolvidos em cada operação". Perguntei por que essa informação não poderia ser divulgada e a assessoria se limitou a dizer que era uma decisão da empresa.
Sendo a Sadia uma companhia de capital aberto, que acabou de levar um tombo por conta de operações financeiras alavancadas (que os acionistas desconheciam) não seria melhor explicar a origem e as condições do dinheiro captado nas últimas semanas?
Ontem, um alto executivo de um banco me disse que esse financiamento foi conseguido junto ao Banco do Brasil. Segundo ele, a Sadia teria conseguido 700 milhões de reais em tempo recorde e em condições extremamente favoráveis (o empréstimo é de 10 anos). Chequei com outro executivo de banco e ele me confirmou o dado.
Fui então falar com a própria empresa. A assessoria de imprensa primeiro respondeu que a empresa "não confirmava" a informação. Como já estou acostumada aos eufemismos do mundo corporativo, perguntei se a empresa "não confirmava" ou se ela "negava" -- afinal, são coisas diferentes.
Hoje de manhã recebi uma resposta: "Não podemos detalhar com que bancos esse dinheiro foi levantado e nem os valores envolvidos em cada operação". Perguntei por que essa informação não poderia ser divulgada e a assessoria se limitou a dizer que era uma decisão da empresa.
Sendo a Sadia uma companhia de capital aberto, que acabou de levar um tombo por conta de operações financeiras alavancadas (que os acionistas desconheciam) não seria melhor explicar a origem e as condições do dinheiro captado nas últimas semanas?
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