Ontem participei da segunda palestra do ciclo de seis encontros com grandes executivos na Casa do Saber. Imaginei que Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose , seria "bombardeado" com perguntas sobre a crise financeira mundial -- que ontem atingiu seu ponto mais crítico (pelo menos até agora). Para minha surpresa, a platéia, composta basicamente por empreendedores e executivos, só tocou no assunto uma vez -- para abordar as perdas que Sadia e Aracruz tiveram com operações de derivativos (leia aqui matéria do Portal EXAME que explica como a Sadia conseguiu perder 760 milhões de reais). Maciel contou que, no passado recente, a Suzano foi abordada por pelo menos 15 instituições que ofereceram operações desse tipo. "Nós avaliamos, até porque a oferta era tentadora", disse ele. "Mas eu sou industrial, não banco." Na opinião do executivo, esse tipo de situação enfrentada por empresas que perderam dinheiro com especulação, pode acontecer por três razões. A primeira, por um problema de controles internos. A segunda, por conta do processo decisório da companhia. Finalmente, por conta do posicionamento da empresa (por exemplo, se ela quer se posicionar como uma empresa que ganha dinheiro vendendo papel ou brincando de banco).
No entanto, mais que discutir a crise, o pessoal do curso queria mesmo é saber detalhes da carreira de Maciel -- antes de assumir a Suzano ele foi presidente da Ford, da Cecrisa e do grupo Itamaraty -- e de seu estilo de gestão. Acho que as "lições" que ele dividiu com o pessoal valem para muita gente. Veja algumas delas:
Sobre corte de custos
"Se você só reduzir custo vai chegar uma hora em que não terá nenhum custo -- e também nenhuma receita."
Sobre recrutamento
"Antes de recrutar alguém eu sempre peço opinião sobre o candidato para pelo menos cinco pessoas."
Sobre a necessidade de se manter atualizado
"Todo ano eu tiro uma semana para fazer um curso no exterior. E não é a empresa onde eu estou trabalhando que paga. Eu banco tudo – curso, passagem, hospedagem."
Sobre um defeito
"Eu demoro a tirar do jogo caras de alta performance, mas que são destruidores de equipe."
(Se quiser ler sobre a primeira palestra, com o presidente da Perdigão, Nildemar Secches, clique aqui. )
No entanto, mais que discutir a crise, o pessoal do curso queria mesmo é saber detalhes da carreira de Maciel -- antes de assumir a Suzano ele foi presidente da Ford, da Cecrisa e do grupo Itamaraty -- e de seu estilo de gestão. Acho que as "lições" que ele dividiu com o pessoal valem para muita gente. Veja algumas delas:
Sobre corte de custos
"Se você só reduzir custo vai chegar uma hora em que não terá nenhum custo -- e também nenhuma receita."
Sobre recrutamento
"Antes de recrutar alguém eu sempre peço opinião sobre o candidato para pelo menos cinco pessoas."
Sobre a necessidade de se manter atualizado
"Todo ano eu tiro uma semana para fazer um curso no exterior. E não é a empresa onde eu estou trabalhando que paga. Eu banco tudo – curso, passagem, hospedagem."
Sobre um defeito
"Eu demoro a tirar do jogo caras de alta performance, mas que são destruidores de equipe."
(Se quiser ler sobre a primeira palestra, com o presidente da Perdigão, Nildemar Secches, clique aqui. )
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