O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira (6) que a medida anunciada pelo Banco Central, de estabelecer um recolhimento compulsório sobre a posição vendida dos bancos no mercado de câmbio, é positiva e vai ao "cerne" do problema.
"É uma medida positiva que vai no cerne da questão. Hoje, a cotação do dólar está se fazendo mais no mercado de derivativos, futuro, do que no mercado spot à vista. A gente atua nas duas áreas e essa medida é quase como se fosse uma taxação para excesso de exposição vendida", disse o ministro a jornalistas.
Segundo ele, as posições vendidas dos bancos no mercado de câmbio, ou seja, apostando na queda do dólar, aumentaram nos últimos meses. "E significa uma aposta pela desvalorização do dólar. Ao estabelecer um compulsório, está diminuindo a rentabilidade daqueles que fizerem posições vendidas acima de um determinado nível", afirmou ele.
O ministro da Fazenda não quis, entretanto, dizer que o dólar vai passar a subir a partir de agora. De acordo com Mantega, o dólar é flutuante e, portanto, "não dá para arriscar". "Ele [dólar] sofre influências internas e externas. Há flutuações do dólar no mercado internacional. Por exemplo, semana passada ele estava se desvalorizando. Ontem, estava se valorizando", declarou.
Ele confirmou, porém, que a medida diminui a pressão de queda do dólar no mercado à vista. "A pressão de valorização do real diminuiu, tem um limite", disse o ministro. Questionado se a medida diminuiria a necessidade de o Ministério da Fazenda adotar novas medidas, ele não respondeu. "Vamos ver o que acontece", se limitou a dizer.
Fonte: G1
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