O velho Isidoro encostava todos os dias o carrinho junto à igreja para vender seus famosos sanduíches. Com as moedas que caíam na bolsa, conseguia manter a família e pagar os estudos do filho mais velho. O rapaz formou-se, e o pai continuou vendendo cachorro-quente em seu “petit dog”. Um dia o filho, doutor formado, chegou-se à banquinha do pai a fim de comer um cachorro-quente. Sem pagar, é claro. Enquanto saboreava, comentava: Pai, a crise está feia. Procure diminuir o tamanho do pão./ O pai seguiu o conselho, porque seu filho era estudado. / Dias depois, saboreando (sempre de graça) mais um cachorro-quente, sugeriu: Papai, a crise continua cada vez pior. Diminua também o tamanho da salsicha que põe no pão. / Assim fez seu Isidoro, confiando na sabedoria do filho doutor. Não demorou uma semana e veio a terceira sugestão: O senhor está vendo que a coisa vai de mal a pior. Experimente rarear também o molho. / O pai assim fez. Mas que aconteceu? Vendendo um cachorro-quente tão resumido pelo mesmo preço, foi perdendo a freguesia e precisou vender o carrinho para pagar as dívidas. (Do livro “Em cada história, uma lição”)
> Ouvindo a Palavra::: Os que te cumprimentam podem ser numerosos. Mas teus conselheiros sejam apenas um entre mil (Eclo 6,6).
> Falando com Deus:: – Senhor, dá-nos o dom do conselho para sabermos aconselhar no tempo certo e na medida certa. — Faze-nos cientes de que a sabedoria da vida vale mais do que a sabedoria dos livros. E que os anos sabem mais que os livros.
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