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Justiça livra Suzane Richtofen de acusação por uso de Twitter na prisão

Decisão do Tribunal de Justiça deve ser publicada na próxima semana. Condenada pela morte dos pais, ela está presa desde 2002 em Tremembé.


Perfil atribuído a Suzane Twitter (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou o recurso do Ministério Público de São Paulo que buscava a condenação de Suzane Von Richtofen por supostamente manter um perfil no Twitter dentro da prisão, em Tremembé, no interior de São Paulo. A sentença determinada na quinta-feira (27) pelo desembargador Damião Cogan, da 5ª Câmara de Direito Criminal, deverá ser publicada no Diário Oficial na próxima semana.
Suzane está presa desde 2002 pela morte dos pais dela. Após o início das investigações, o perfil foi retirado do ar.

O advogado de Suzane, Denivaldo Barni, disse ao G1 nesta sexta-feira (28) que aguardará a publicação do acórdão para se manifestar, mas adiantou que ficou comprovado que sua cliente não tinha Twitter na prisão. De acordo com ele, as investigações em torno do assunto não produziram qualquer resultado. "Ela nunca teve Twitter", afirmou.

O promotor Paulo de Palma, da Promotoria de Execuções Criminais de Taubaté, no interior de São Paulo, pediu em agosto de 2008 à Justiça a investigação sobre o perfil de Suzane no Twitter. O promotor protocolou junto à Corregedoria dos Presídios o pedido de investigação e solicitou ainda que a direção da unidade prisional e que os responsáveis pelo Twitter fossem oficiados para prestar esclarecimentos.

O usuário que aparece com o nome de Suzane fez as primeiras postagens no dia 2 de agosto de 2008. Na segunda delas, há um aparente erro. "Estou em liberdade provisória concedida por uma liminar (sic)", diz a pessoa. No entanto, Suzane cumpre pena em regime fechado e aguarda o resultado do recurso para obter o direito ao regime semiaberto.

Em setembro de 2006, Suzane chegou a ser transferida do Centro de Ressocialização de
Rio Claro para Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo, por ter acesso ao computador. Na época, a Secretaria de Administração Penitenciária alegou que a regalia causou "descontentamento e irritação" nas demais presas e que Suzane, por intermédio da diretora de Segurança e Disciplina da unidade, conseguia se comunicar com o “mundo exterior”.

Suzane tentou obter da Justiça de Taubaté o benefício do regime semiaberto, em que poderia deixar a cadeia durante o dia para estudar ou trabalhar e voltar só para dormir.

O laudo criminológico elaborado por dois psiquiatras, dois psicólogos e uma assistente social indica que Suzane Von Richthofen, ré confessa do assassinato dos pais, é dissimulada. O documento foi encaminhado ao MP e agora está na mãos de uma juíza da 1ª Vara de Execuções Criminais, que dará a palavra final.

Fonte: G1

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