Aumento da cota de nações em desenvolvimento será de pelo menos 5%. Países-membros também concordaram em manter estímulo à economia.
Os participantes da Cúpula do G20 em Pittsburgh, nos EUA, chegaram nesta sexta-feira a um acordo sobre a transferência de pelo menos 5% das cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para os países emergentes. A informação consta do relatório final do encontro do grupo que reúne nações desenvolvidas e em desenvolvimento.
A decisão tem como objetivo reequilibrar as forças, concedendo mais peso aos países importantes economicamente, mas mal representados no Fundo. O G20 também deve conclamar os 186 Estados-membros do FMI a ratificar a reforma decidida em 2008, mas nunca aplicada por falta de quórum.
Líderes se posicionam para fazer a foto oficial do G20 Financeiro, nesta sexta (25) (Foto: Reuters)
O comunicado final diz que a quantidade de votos no FMI "deve refletir o peso relativo dos membros do Fundo na economia mundial, que mudou de forma substancial por conta do forte crescimento nos países emergentes e em desenvolvimento".
Atualmente, as nações desenvolvidas têm 57% de participação no Fundo, enquanto os países em desenvolvimento somam 43%. As nações emergentes, como o Brasil, pedem uma mudança similar no Banco Mundial. Entretanto, países como a França e Grã-Bretanha, vinham resistindo a essas transformações.
"Esta decisão histórica e a emergência do G20 como fórum central para a cooperação econômica internacional assentarão as bases para uma parceria aprofundada na política econômica mundial", declarou o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em comunicado.
Regras para o sistema financeiro
Os líderes amenizaram as diferenças evitando decisões muito específicas, especialmente em relação à imposição de limites aos bônus pagos por grandes bancos a seus executivos. A França vinha insistindo por um compromisso sobre o assunto, enquanto os Estados Unidos resistiam à mudança.
A proposta americana de mais restrições à forma dos bancos captarem dinheiro foi incluída apenas de forma geral. O comunicado não traz de forma específica como essas limitações serão impostas. O assunto, portanto, deve continuar a ser debatido nas próximas reuniões.
Os líderes presentes à reunião em Pittsburgh afirmaram em concordar em uma "proposta para um crescimento forte, sustentável e balanceado" e também a lidar com fatos preocupantes, como o forte superávit comercial chinês e o crescente déficit do orçamento dos EUA.
Estímulo Financeiro
O G20 comprometeu-se também a manter medidas emergenciais de estímulo até que uma recuperação sustentável da economia esteja assegurada. "Nossos países concordaram em fazer tudo que for necessário para garantir a recuperação, consertar nosso sistema financeiro e manter o fluxo global de capital", destacou o comunicado.
No comunicado divulgado ao final da reunião de dois dias em Pittsburgh, os chefes de Estado do grupo afirmaram que lançarão uma nova estrutura que permitirá que os países atuem de maneira coordenada para reequlibrar o crescimento global e para definir regras mais rígidas aos bancos até 2012.
Fonte: France Press
Os participantes da Cúpula do G20 em Pittsburgh, nos EUA, chegaram nesta sexta-feira a um acordo sobre a transferência de pelo menos 5% das cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para os países emergentes. A informação consta do relatório final do encontro do grupo que reúne nações desenvolvidas e em desenvolvimento.
A decisão tem como objetivo reequilibrar as forças, concedendo mais peso aos países importantes economicamente, mas mal representados no Fundo. O G20 também deve conclamar os 186 Estados-membros do FMI a ratificar a reforma decidida em 2008, mas nunca aplicada por falta de quórum.
Líderes se posicionam para fazer a foto oficial do G20 Financeiro, nesta sexta (25) (Foto: Reuters)
O comunicado final diz que a quantidade de votos no FMI "deve refletir o peso relativo dos membros do Fundo na economia mundial, que mudou de forma substancial por conta do forte crescimento nos países emergentes e em desenvolvimento".
Atualmente, as nações desenvolvidas têm 57% de participação no Fundo, enquanto os países em desenvolvimento somam 43%. As nações emergentes, como o Brasil, pedem uma mudança similar no Banco Mundial. Entretanto, países como a França e Grã-Bretanha, vinham resistindo a essas transformações.
"Esta decisão histórica e a emergência do G20 como fórum central para a cooperação econômica internacional assentarão as bases para uma parceria aprofundada na política econômica mundial", declarou o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em comunicado.
Regras para o sistema financeiro
Os líderes amenizaram as diferenças evitando decisões muito específicas, especialmente em relação à imposição de limites aos bônus pagos por grandes bancos a seus executivos. A França vinha insistindo por um compromisso sobre o assunto, enquanto os Estados Unidos resistiam à mudança.
A proposta americana de mais restrições à forma dos bancos captarem dinheiro foi incluída apenas de forma geral. O comunicado não traz de forma específica como essas limitações serão impostas. O assunto, portanto, deve continuar a ser debatido nas próximas reuniões.
Os líderes presentes à reunião em Pittsburgh afirmaram em concordar em uma "proposta para um crescimento forte, sustentável e balanceado" e também a lidar com fatos preocupantes, como o forte superávit comercial chinês e o crescente déficit do orçamento dos EUA.
Estímulo Financeiro
O G20 comprometeu-se também a manter medidas emergenciais de estímulo até que uma recuperação sustentável da economia esteja assegurada. "Nossos países concordaram em fazer tudo que for necessário para garantir a recuperação, consertar nosso sistema financeiro e manter o fluxo global de capital", destacou o comunicado.
No comunicado divulgado ao final da reunião de dois dias em Pittsburgh, os chefes de Estado do grupo afirmaram que lançarão uma nova estrutura que permitirá que os países atuem de maneira coordenada para reequlibrar o crescimento global e para definir regras mais rígidas aos bancos até 2012.
Fonte: France Press
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