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Relatórios de dívidas exibe uma diferença de R$ 17 mi

Na semana que definirá o presidente corintiano dos próximos três anos, uma diferença de R$ 17 milhões em relatórios que apontam reserva de verba para pagamento de ações judiciais ainda em andamento acirra a disputa política entre situação e oposição no clube. Em dois documentos enviados para a auditoria BDO Trevisan a fim de informar a empresa que audita os balanços do clube, os valores de dívidas jurídicas são discrepantes.

O primeiro, de 11 de dezembro de 2007, e assinado pelo advogado responsável pelo departamento jurídico corintiano na gestão de Alberto Dualib, aponta que os processos totalizavam R$ 94.511.150,00.

Já no segundo relatório, também enviado à BDO, de 14 de janeiro de 2008 e assinado pelo atual vice jurídico, Sérgio Alvarenga, os processos em andamento, em caso de derrota na Justiça, foram estimados em R$ 77.435.831,23. A diferença é justamente o valor que a diretoria anterior alega ter deixado no caixa pela venda de Willian.

A oposição desconfia de realização de caixa dois. Alega que a diferença poderia ser usada pela diretoria para, por exemplo, pagamento de comissões por fora a agentes.

- Isso é um absurdo. Como pode ser caixa dois se é um dinheiro que não entrou nem saiu? Isso não passa de uma previsão de perdas judiciais - diz Sérgio Alvarenga. O vice jurídico do Corinthians sustenta que a diferença de valores entre o relatório assinado por ele e o anterior, de Sérgio Grassini, é uma questão de critério de avaliação.

- No relatório do Grassini, ele considerou que o clube perderia todas as ações. Nós fizemos uma reavaliação e calculou-se que há muitos processos em que há chance de vencer - disse.

Grassini contesta a versão da diretoria. - Dos meus números eu não abro mão desses valores. Acho que meu relatório foi alterado. É preciso fazer uma investigação no clube - afirmou.

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