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Funcionários dos Correios do Distrito Federal mantêm greve

Os funcionários dos Correios do Distrito Federal decidiram nesta quinta-feira (17/9), em assembleia realizada em frente ao Ministério das Comunicações, manter a greve iniciada nesta quarta (16/9). Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelos Correios.

“Essa categoria não tem muita confiança na direção da empresa e no próprio governo. Muitas vezes os acordos feitos não são cumpridos nem quando são anuais, imagina bienal. O que a gente quer é discutir ano a ano a questão dos trabalhadores”, afirmou Moysés Leme, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do DF (Sintect/DF).

A estatal ofereceu reajuste salarial de 9%, em acordo bianual, e aumento no valor do vale-refeição de R$ 20 para R$ 21,50 por dia e do vale-cesta de R$ 110 para R$ 120, entre outras propostas. Em agosto de 2010, os benefícios passariam para R$ 23 e R$ 130, respectivamente.

Entre as reivindicações dos funcionários dos Correios está o reajuste salarial de 41,03% e aumento de R$ 300 no piso da categoria, vale-alimentação de R$ 30 e auxílio cesta básica de R$ 250, além de redução da jornada de trabalho e contratação de mais servidores por concurso. Segundo os Correios, caso as reivindicações dos trabalhadores fossem atendidas, apenas as cláusulas econômicas da pauta custariam à estatal cerca de R$ 54 bilhões por ano, o que corresponde a quase cinco vezes a receita anual da empresa.

O representante sindical do DF, Paulo César Fonseca, defendeu a greve. “Essa proposta não contempla os trabalhadores, só tira 4,5% que a empresa ia dar no ano que vem e dá agora”, afirmou. Segundo Fonseca, em 2010, a quantidade de trabalho aumenta. “Com a eleição aumenta o número de propaganda dos políticos, só em Planaltina, aumenta em cerca de 800 mil correspondências [no período eleitoral]. E no ano que vem nós não vamos ter campanha [salarial], só em 2011”.

Durante a assembleia também foi aprovada proposta de reivindicação para alterar o horário de entrega das correspondências no DF. “Os trabalhadores que trabalham no Centro-Oeste, no Nordeste, tem muito câncer de pele, doenças, porque a entrega é feita à tarde, sendo que poderia fazer pela manhã”, afirmou Leme.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a assembleia de hoje reuniu cerca de 250 pessoas.

Para definir a manutenção da greve nacional são necessários 18 votos dos 35 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

Os sindicatos de Sergipe, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também votaram hoje pela paralisação. Os sindicatos dos outros estados realizam assembleias durante à tarde, de acordo com o secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.

De acordo com o presidente do Sintect/DF, 33 sindicatos e 70% da categoria no país aderiram à greve. Segundo os Correios, 28 sindicatos aderiram à paralisação e 8% dos 116 mil funcionários paralisaram as atividades.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/09/17/economia,i=142823/FUNCIONARIOS+DOS+CORREIOS+DO+DISTRITO+FEDERAL+MANTEM+GREVE.shtml

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