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Crescimento das reservas mostra capacidade de recuperação brasileira, diz Meirelles

Passados os efeitos mais pesados da crise financeira internacional no Brasil, vividos entre outubro de 2008 e março deste ano, o país mostra um “poder de recuperação forte, saudável, em trajetória de crescimento sustentável”. Foi o que afirmou nesta quinta-feira (17/9) o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Como exemplo, Meirelles citou o aumento das reservas, que, no momento em que a crise se deflagrou, em 15 de setembro, estavam em US$ 207,5 bilhões e ontem (16) fecharam em US$ 222,6 bilhões.



Segundo os dados passados pelo ministro Brasil foi o que menos sofreu com a crise

A explicação para o dado positivo, na opinião do presidente do BC, é a transparência do mercado financeiro. “As leis brasileiras na área financeira são claras, existe grau de transparência nas instituições financeiras, sob controle da autoridade monetária e isso permite previsibilidade.”

Quando os efeitos da crise atingiram o Brasil, na forma de corte de créditos, o BC criou mecanismos para liberar R$ 142 bilhões de compulsórios bancários e de socorro aos bancos menores, empresas e exportadores, de modo a garantir liquidez ao mercado.

De acordo com Meirelles, por causa dessas iniciativas, “pudemos partir para uma recuperação gradativa da oferta de créditos em um processo liderado pelos bancos públicos, de sorte que já retornamos aos patamares do período pré-crise”, disse Meirelles em palestra no 12º Congresso Brasiliense de Direito Constitucional.

Meirelles reafirmou que o Brasil foi um dos países que menos sofreu as consequências da derrocada financeira que atingiu, principalmente,os Estados Unidos, a Europa e o Japão. Segundo ele, o Brasil estava preparado para enfrentar turbulências dessa natureza pois, além de fortes reservas, tem uma legislação que possibilita absoluto controle de regulação do mercado financeiro. “Tanto que conseguimos sair da crise bem mais cedo que a maioria dos países.”

O presidente disse que os parâmetros de comparação que o levam a fazer tal afirmação são: a renda da população que continua crescendo; o desemprego, que está menor do que nos Estados Unidos e na Europa; a oferta de empregos que, em agosto, foi maior que no mesmo mês do ano passado, antes da crise; e o fato do índice Gini, que mede a desigualdade social, estar em queda, com cada vez mais brasileiros subindo na escala social.

Fonte: Correio Braziliense

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