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Rothweiler

Celso Roth não é mais o técnico do Grêmio. Há duas maneiras de contar essa história. A objetiva é dizendo que foi ceifado após perder o terceiro Grenal do ano e está eliminado do Gauchão. A outra é dizendo que perdeu o emprego depois de triunfar taticamente no clássico. Sim, Roth com uma equipe tecnicamente pior do que a colorada, conseguiu não só equilibrar a partida como atuar melhor. Roth deu um chacoalhão no grupo, enfiou Rever de volante, Souza de ala pela direira, dois atacantes e dominou o jogo. Duas bolas na trave, um pênalti não marcado (os outros dois assinalados para os dois lados não aconteceram), um gol perdido já sem goleiro. Só que o Inter venceu e lindas histórias são as contadas pelos vencedores.

Roth foi decapitado porque é bravo. Não tomou o bilhete azul pela última derrota no clássico. Não queria colocar os titulares no Grenal e deixou a insatisfação com a diretoria no ar. Xingou publicamente o xodó da torcida Douglas Costa. Tornou-se o alvo da revolta da torcida. Roth é bom técnico, talvez ótimo. Especialista em tirar leite de pedra, como no ano passado quando foi vice do brasileiro. Mas na hora da decisão peca nos relacionamentos. Tem sido assim. Ou se atrapalha com o grupo de jogadores, ou com a torcida, ou com a diretoria ou com todos juntos. O Grêmio terá uma semana sem jogo entre as partidas dop Aurora e Boyacá para juntar os cacos. Roth assistirá tudo pela TV.

Fonte: Placar

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