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Os piores juízes do Brasil

Meu estômago fica embrulhado a cada jogo do Paulistão. Não pelos times, mas pelo apito. Arbitragem chatinha, toda encontrão é falta, toda falta é amarelo, toda falta mais dura é vermelho. Os juizões querem aparecer mais do que os jogadores, e conseguem.

Pois bem, o Campeonato Paulista virou isso. Um aborrecimento. Os amigos cariocas dirão que no Rio é pior, a dinâmica do jogo até mudou por causa do apito carioca. Os defensores perceberam que, dependendo da situação, melhor deixar o atacante passar e transferir a responsabilidade para o goleiro. Porque os atacantes aproveitam o contato para desabar no chão. E aí é amarelo ou vermelho.

Só que a arbitragem paulista me irrita mais. Porque a juizada carioca é tecnicamente fraca. Os paulistas não, são ruins porque querem. São ruins porque criou-se um jeito de apitar tudo em São Paulo, e todos se acomodaram nisso.

Pois bem. Ligo na noite de terça-feira e vejo um sensacional River Plate x Nacional do Uruguai. Um 0 x 0 pode ser bom? É, jogo dramático, com uma rivalidade centenária entre os dois países, muita pegada, chances de gol, só faltou a bola entrar. Não avalio jogo pelo número de gols. Avalio pelo fator banheiro. Quando estou apertado e não consigo ir ao banheiro é porque a partida é ótima. E eu estava bem apertado...

Mas o que mais me chamou a atenção foi a arbitragem. Sálvio Espínola Fagundes Filho, um dos paulistas que me tira mais a paciência. O sujeito que quase estragou o ótimo Palmeiras 2 x 2 São Paulo expulsando Diego Souza e Borges nos primeiros minutos do jogo. Aí vejo o Sálvio fazer uma arbitragem quase perfeita no jogo da Libertadores. Deixando o jogo correr, economizando cartões e, vejam que coisa, sem perder o controle da partida. No momento que ele não aceita uma cavação de falta, o jogador aprende o critério e não cava mais.

Por que o Sálvio da Libertadores não é o Sálvio do Paulistão? Elementar. Se sair distribuindo cartões aos montes ele simplesmente não entra na escala da próxima rodada. Ele é, no fundo, um bom juiz. Mas não exerce...

Fonte: Placar

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