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No Mindflex, atividade cerebral controla altura de objeto.Novidade deve ser lançada no segundo semestre, por US$ 80.

Na feira de tecnologia Consumer Electronics Show (CES), realizada até domingo (11) em Las Vegas, o estande da fabricante de brinquedos Matell está sempre cheio. São pessoas que querem conhecer -- e também testar -- um brinquedo chamado Mindflex, que utiliza ondas cerebrais para mover uma bolinha.

Atraído por essa promessa um tanto pretensiosa, que parece coisa dos jedis de "Guerra nas estrelas", o G1 decidiu testar a novidade que será lançada pela empresa no segundo semestre deste ano, por cerca de US$ 80.

"Como a força do pensamento faz isso? Tem que pensar em algo específico? A bolinha vai para a direção que eu quiser?" foram algumas das perguntas feitas antes de a repórter acomodar na cabeça um headset bastante leve, com duas "presilhas" que ficam presas aos lóbulos das orelhas.

"Você é da turma dos céticos", disse o exibidor, que naquele momento não respondeu a nenhuma das questões. Ele se limitou a dar as instruções necessárias para iniciar a brincadeira, já sabendo que as respostas viriam com a experiência de usar o Mindflex.


Brinquedo teve adesão do público da CES 2009, que testa a novidade durante a feira. (Foto: Juliana Carpanez/G1)

Nos primeiros segundos, o desafio é se desligar do que está em volta e se concentrar somente em uma bolinha lilás -- a atividade cerebral, explica a empresa, faz com que ela flutue sobre uma plataforma cheia de obstáculos.

A "força do pensamento" é responsável pela altura, enquanto a "arte" de movimentar o objeto lateralmente fica por conta de um dial, localizado na base da plataforma.

Em pouco tempo, a brincadeira começa a fazer sentido. Quanto mais concentração, mais alto ela sobe. Se perder a concentração, ela cai. E no caso de um forte ataque de riso, como aconteceu durante o teste, a atividade cerebral pode ser tão intensa que joga a bolinha longe. Muito longe.

Pouco depois do arremesso inesperado, a desconcentração volta a tomar conta -- "e se aquele homem que filmou meu ataque de riso colocar o vídeo no YouTube?" -- e a bolinha "foge" pelo chão da maior feira de eletrônicos do mundo.

A impressão que fica com o teste é que essa tecnologia realmente funciona e que, com muito treino, talvez seja possível ganhar controle sobre o objeto voador. Um dos exibidores do estande, familiarizado com a brincadeira, diz que é como aprender a andar de bicicleta: o usuário vai cair muito até dosar suas ações, mas uma hora ele ganha o controle.

Enquanto não chega lá, faz a alegria dos curiosos que se aglomeram no estande da Matell para conhecer a novidade.


Usuário deve colocar um headset, que controla a atividade cerebral. É ela a responsável por fazer a bolinha flutuar. (Foto: Juliana Carpanez/G1)

Fonte: G1

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