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Festival de Sundance começa em clima de recessão e com participação brasileira

A 25ª edição do Festival de Cinema Independente de Sundance começa na quinta-feira, com mais de 100 filmes programados, em clima de austeridade e durante 10 dias em uma região montanhosa que celebra uma cinematografia, em tese, à margem da indústria.

"Carmo", uma co-produção entre Brasil, Espanha e Polônia, com os brasileiros Mariana Loureiro, Seu Jorge e Márcio Garcia, será exibido na competição internacional de Sundance 2009 que, como todos os anos, acontecerá na estação de montanha Park City, em Utah, entre 15 e 25 de janeiro.

Um dos grandes destaques é o documentário "Sergio", que conta a história do carismático alto representante das Nações Unidas brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que morreu em um atentado com carro-bomba no prédio da ONU em Bagdá em 2003.

No total 118 filmes, de ficção ou documentários, integram o programa desta edição do festival fundado por Robert Redford.

De todas as obras, 64 estarão em competição, que reúne 16 filmes por categoria: ficção americana, documentário americano, ficção internacional e documentário internacional.

Com a crise econômica como pano de fundo nos Estados Unidos, os organizadores esperam um festival mais sóbrio no que diz respeito às festas que diretores, atores e executivos dos estúdios fazem nesta área cercada de neve, que tem um clima mais "cool" e relaxado que os eventos habituais de Hollywood.

Entre a diversidade dos temas abordados nos filmes deste ano, foram selecionados documentários e ficções que vão desde o estilo de barbearias dos negros americaos aos desastres ambientais na Amazônia, passando por uma crônica do grupo dos anos 60 The Doors.

"Os filmes deste ano não respondem a apenas uma definição. Pelo contrário, temos uma mescla de gêneros, um cruzamento de fronteiras, de gerações, socioeconômicas e de gostos", afirma o diretor do festival, Geoffrey Gilmore.

Vários estúdios reduziram ao mínimo as atividades que organizam à margem do festival de Sundance em Park City. Com as dificuldades econômicas não se descarta uma redução do número de espectadores, o que não representa um grande problema para Robert Redford, segundo o jornal local Salt Lake Tribune.

"Não ficaria chateado com menos pessoas. O que me interessa é saber quais filmes serão exibidos e o que representam", disse.

Nos últimos anos o festival ganhou popularidade entre produtores e executivos dos grandes estúdios de Hollywood, que atualmente contam, em sua maiora, com uma divisão especial para produzir filmes de pequenos orçamentos.

Fonte: UOL

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