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Citadini e “Seo Alberto”: Recordar é viver

Antonio Roque Citadini foi homem forte do Corinthians durante um determinado período da era Dualib.



Por mais que se tentem oculta-lo e até ignorá-lo, este fato ficou marcado nas páginas da história.



É inócuo o processo de blindagem deste fato.


Extraídos do seu próprio blog:



http://www.citadini.com.br/corinthians/corinews030223.htm



trechos de uma reportagem realizada pelo jornalista Wagner Vilaron, publicada no Jornal Estado de São Paulo, em 2003.



Recordar é viver.



Seguem alguns trechos da matéria.







O HOMEM FORTE DO CORINTHIANS



“Às vezes eu faço as coisas por birra mesmo”

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Mas se um dia encontrar Citadini pessoalmente, lembre-se: não faça comparações dele com o já falecido cartola (.:Vicente Matheus). E o atual vice-presidente corintiano tem razões que extrapolam questões políticas internas para ficar incomodado.



As únicas similaridades entre os dois são o fato de comandarem o mesmo clube e verem cada palavra que falam transformar-se em manchetes dos jornais no dia seguinte.

Se Matheus estudou até o segundo ano primário (não pôde continuar porque trabalhava com o pai na pedreira da família), não se acertava com a língua portuguesa e viajava freqüentemente para Las Vegas a fim de visitar os cassinos, Citadini tem perfil diferente. É intelectual, autor de diversos livros sobre Direito e até uma biografia sobre o jogador Neco



Expressa-se bem, é articulado, membro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) e, nas horas vagas, adora viajar o mundo para assistir a óperas, seu gênero musical favorito.

PODER - Basta conviver um pouco nos bastidores do Corinthians para perceber que “vice-presidente de futebol” é apenas a nomenclatura formal do cargo que Roque Citadini ocupa no clube.

Na prática, é o autêntico “homem forte”. Participa de todas as decisões relacionadas ao Departamento de Futebol.

Desde a negociação de contrato dos atletas das categorias inferiores até a formulação de parcerias com empresas multinacionais. “Confesso que no começo não tinha a dimensão exata do que era ser dirigente do Corinthians.”

Alberto Dualib é a pessoa que conta com sua mais alta admiração no futebol.

Foi pelas mãos do presidente que o membro do TCE chegou a um cargo de destaque no Corinthians. Sócio do clube desde 1971 aproximou-se do “chefe” no início dos anos 90, quando participava de um grupo de 15 pessoas que prestavam suporte e orientação à presidência.



Com seu estilo peculiar, Citadini chamava a atenção nos encontros.



“Então, no segundo semestre de 2000, o clube passava por um momento delicado (havia perdido para o Palmeiras na Taça Libertadores da América), com muita pressão e o ambiente estava bastante conturbado com aquela seqüência de dez derrotas consecutivas”, lembra Citadini.



“Então, quando estávamos na oitava derrota, o dr. Alberto me chamou e disse que como eu gostava de dar opinião, poderia dirigir o futebol. Nunca planejei isso, mas aceitei.”

Era o início de mais um legado corintiano que, diante das evidências, deve perdurar muitos anos - para desespero daqueles que não conseguem engolir Citadini e felicidade dos que o admiram. Graças à modéstia (adjetivo que provoca certa estranheza ao ser associado a Citadini), evita falar abertamente que será o próximo a ocupar o cargo máximo do clube. “Nunca planejei e me programei para chegar a nenhum cargo aqui dentro. E nesse caso não vai ser diferente”, despista.

No entanto, é Dualib quem se encarrega de mostrar como vai ser o futuro.

“O meu sucessor, que está aqui do lado (e aponta para Citadini)…”, é a frase que utiliza como introdução em reuniões da qual ambos participam.



(O ESTADO DE S. PAULO, ESPORTES, 23/2/2003, p. E-6)

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