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Anac deve liberar mais voos no Santos Dumont em até dois meses

Apesar da pressão contrária do governo do Rio de Janeiro e de algumas empresas aéreas, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) pretende reabrir o aeroporto Santos Dumont para voos regionais. Atualmente, o aeroporto opera apenas voos da Ponte Aérea Rio-São Paulo e entre cidades do Rio.

O diretor da agência, Marcelo Guaranys, disse nesta quinta-feira que a lógica manda que o aeroporto seja aberto a novas operações. Ele estimou que, em até dois meses, o Santos Dumont estará operando para novas localidades.

"A gente entende que a lei determina que eu faça isso, então a medida que estamos tentando adotar, a gente entende que é a mais correta. O que estou discutindo talvez, é como fazer, a maneira que vai ser feita", afirmou.

Guaranys presidiu nesta manhã tumultuada audiência pública sobre a questão. Representantes de empresas aéreas estiveram na sede carioca da Anac, assim como membros do governo fluminense e da sociedade civil.

"A gente entende é que tem que abrir. O que está discutindo é como vai ser feito. Mas é óbvio que a audiência pode trazer determinados argumentos que a gente não considerou. Isso pode ser levado em consideração", declarou.

O governo do Rio alega que a reabertura do Santos Dumont vai causar o esvaziamento do aeroporto internacional Tom Jobim, que será privatizado. A TAM já se manifestou publicamente contra a abertura a novos voos e a Gol tem demonstrado que pretende seguir a mesma opinião.

A Azul é favorável à liberação de novas operações, e pretende fazer do Santos Dumont a base de suas operações no Rio. Cerca de 45 funcionários da empresa estiveram na audiência pública, e mencionaram que seus empregos dependem da expansão dos voos do Santos Dumont.

Sobre a posição do Governo do Rio, Guaranys disse que não cabe à Anac cuidar do desenvolvimento da economia do Rio, e sim, da infraestrutura para o usuário. O diretor frisou que a abertura a novos voos não vai alterar a programação atual das empresas que lá operam.

"Quem está lá voando, vai continuar voando. Quem faz ponte aérea, vai continuar. A diferença é que vão querer colocar novos voos. A discussão é como abrir para esses novos voos", afirmou.

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