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América Latina não permitirá chantagens, diz Correa

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou que a América Latina não permitirá "chantagens" de organismos multilaterais de crédito sobre as decisões soberanas do país, como não pagar a dívida externa que considerar ilegítima.

"Se fizerem isso, receberão resposta contundente de pelo menos seis países da América Latina, pois estamos unidos frente à opressão", destacou Correa em seu relatório semanal.
O líder disse que na reunião desta semana da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), em Caracas, integrada por Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Honduras e Dominica, recebeu um respaldo à sua crítica ao processo de endividamento externo da nação.

Uma investigação oficial encontrou supostas irregularidades na contratação da dívida externa do Equador que poderiam aprovar a eventual decisão de não pagar certos lances da mesma.

"O imperialismo no século XXI já não é de aviões, cruzeiros, canhões. Se chama 'dólares'. É assim que querem nos dominar. Basta essas pressões", ressaltou Correa.

"Certas burocracias internacionais têm uma mensagem muito clara que, como sempre, são cúmplices dos credores e exploradores de nosso país, mas vão encontrar uma nova América Latina, cheia de dignidade, que saberá dar as respostas do caso se permitirem fazer essas chantagens", observou o líder.

Correa afirmou que a recente reunião da Alba foi uma das mais "frutíferas" às quais assistiu, pois os países-membros estariam de acordo em começar a unidade "com os quais querem integrar-se", ao contrário, em sua opinião, do que ocorreu com a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Nessa reunião, disse Correa, apostou-se na criação do Banco do Sul e em estabelecer fundos de reserva, um sistema de compensação entre países, além de adotar uma moeda contábil, passo que qualificou como "sumamente importante para uma verdadeira soberania e independência da região".

Fonte: EFE

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