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Jack, O Estripador

Na noite de 31 de agosto de 1888, começa o período de terror daquele que talvez seja o mais conhecido serial killer da história, Jack, o Estripador. A prostituta Mary Ann (Polly) Nichols, de 42 anos, viu a oportunidade de ganhar algum dinheiro, quando um homem de boa aparência se aproximou e a levou para um lugar mais escuro. Ela só perceberia o perigo tarde demais, apesar de haver muitas pessoas nas proximidades, ele a agarrou por trás, cobrindo-lhe a boca para depois cortar sua garganta. Seu corpo mutilado foi encontrado por um carroceiro na manhã seguinte.
Sete dias depois, em 8 de setembro, ele voltaria a agir, mais uma vez sua vítima seria uma prostituta, fato que se repetiria em todos seus crimes. O corpo, completamente retalhado, de Annie Chapman, 47 anos, foi encontrado por um dos porteiros do mercado de Spitalfields, num pátio nos fundos da casa de número 29, da Hanbury Street. Suas jóias e seu dinheiro foram postos organizadamente ao lado do corpo.
Começou a circular em Londres o boato de que o estripador carregava suas facas numa pequena mala preta, o que gerou uma intensa caçada a quem transitava pelas ruas com esse tipo de mala. Vários suspeitos foram presos, mas a polícia não tinha nenhuma prova que indicasse um caminho a seguir na busca do assassino, suas únicas informações davam conta de que o mesmo era canhoto e tinha algum conhecimento de medicina, uma vez que os crimes eram cometidos com bastente destreza e perícia, segundo um cirurgião da polícia.
Na noite de 30 de setembro o estripador fez mais duas vítimas: Elizabeth Stride, que foi encontrada nos fundos do número 40 da Berner Street, com a garganta cortada e ainda sangrando, um indício de que o assassino havia abandonado o corpo instantes antes de o encontrarem, talvez tenha sido o mais próximo de sua captura que conseguiram chegar; mas foi Catharine Eddowes, a vítima mais mutilada do estripador, com um rastro de sangue estendendo-se do corpo até uma porta, onde fora escrito com giz "Os judeus não são culpados de nada.", supostamente um recado de Jack, embora nunca tenha se chegado a uma conclusão do seu significado, mesmo porque, mistreriosamente, o chefe de polícia Sir Charles Warren, mandou que apagassem a frase antes que se realizassem estudos mais profundos.
Mas foi aquela que se supõe ser sua última vítima, o crime que mais chocou a população: Mary Kelly, uma jovem de apenas 25 anos, foi encontrada desmembrada dentro de seu próprio quarto, no número 13 de Miller's Court. Depois disso, não se teve mais notícia do estripador nem de crimes que possam ser atribuídos a ele.
Muitos suspeitos foram interrogados e investigados pela polícia, mas três chamaram mais a atenção dos investigadores: Michael Ostrog, um médico russo homicida; Aaxon Kosminski, judeu polaco que odiava mulheres; e o advogado depravado, Montague John Druitt, no qual recaíram as principais suspeitas. Druitt nunca foi preso e desapareceu pouco depois do último crime, sendo seu corpo encontrado boiando no Tâmisa, sete semanas mais tarde, no dia 31 de dezembro de 1888, fato que fez com que lhe atribuíssem a autoria de todos os crimes. Mas muitas outras hipóteses foram levantadas, em algumas o assassino seria o médico e tutor do príncipe inglês, em outras o próprio príncipe seria o criminoso, um escândalo capaz de abalar toda a estrutura da mais tradicional monarquia do mundo e, ao mesmo tempo, uma boa explicação para a "ineficiência" das autoridades.
De qualquer forma, apesar das inúmeras teorias, do incontável número de detetives, profissionais ou amadores, que durante todo esse tempo se interessaram pelo caso, a identidade de Jack, o Estripador, parece ser um mistério que jamais encontrará uma resposta.

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