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Cadê a CPI do Pan?

Para surpresa de ninguém, a bancada governista na Câmara de Vereadores, a mesma que já conseguira adiar a instalação da CPI do Pan para depois dos jogos, obstruiu sua instalação, prevista para a terça-feira, 14/8. Vereadores do PSDB e PFL (ou DEM) manobraram para adiá-la para novembro. Que beleza de democracia: o Executivo manda dinheiro público para o ralo e o Legislativo assente. A notícia está no boletim do vereador Eliomar Coelho (PSOL).

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De Hamilton Octavio de Souza, na Caros Amigos de julho



“Bagunça deliberada



O Ministério das Comunicações convive, há anos, com milhares de processos de concessão de radiodifusão parados, a ausência de leis gerais e específicas para a comunicação social, o verdadeiro faroeste que tomou conta do setor – empresas estrangeiras controlando ilegalmente canais de televisão, empresas de telefonia controlando sites e produtoras de conteúdo, redes de rádio e televisão com número excessivo de emissoras – monopólios proibidos pela Constituição Federal. Está claro que toda essa bagunça favorece os grupos econômicos que atuam na área. Viva o caos!”





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Exemplo disso é a bandalheira que rola em SP. Segundo levantamento do excelente Observatório do Direito à Comunicação, “das 39 emissoras de rádio em Freqüência Modulada (FM) transmitindo para São Paulo e registradas como licenciadas pelo Ministério das Comunicações, apenas 3 têm outorgas em dia, ou seja, dentro do prazo de validade“. São ilegais, sua programação não cumpre a Constituição e o que é pior: ainda combatem as rádios comunitárias, chamando-as de “piratas”.

Perguntas: quem é pirata, então? Por que essas FMs não são fechadas pelo governo, como acontece com as rádios comunitárias?

Nada de notícias sobre o assunto nas próprias emissoras, é claro, nem no restante da mídia gorda, conivente e oligopólica. Tudo em nome da “democracia” e da “liberdade de expressão”. Até quando?

Tags: ética jornalística, democracia, esquerda, privatização, serviços públicos, sociedade

Fonte: Rafael Fortes

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